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Economia
Domingo - 12 de Abril de 2009 às 12:51
Por: Wisley Tomaz

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O município de Cuiabá faz aniversário nesta quarta-feira (08) e, diferente do que se pensa tem muito a comemorar também no segmento das agroindústrias. Tanto, que nos últimos anos diversos empresas surgiram e outras se consolidaram, implementando um setor que para muitos é forte apenas no interior do Estado. Instaladas no Distrito Industrial, hoje elas abastecem Mato Grosso e ainda vendem para diversas regiões do país, o que significa desenvolvimento econômico, oferta de emprego, renda, divisas e tributos para a cidade que daqui a dois dias completa 290 anos.

Situado às margens da Rodovia BR-364, a 15 km do centro de Cuiabá, com uma área de 695 hectares, o Distrito Industrial foi implantado em agosto de 1978 e hoje é um dos principais pólos de desenvolvimento da capital mato-grossense e da Baixada Cuiabana. No local há mais de 250 empresas que geram mais de seis mil empregos diretos. As empresas são de diferentes setores. Entre as agroindústrias há as de esmagamento de soja, usinas de biodiesel, beneficiamento e armazenamento de grãos, silagem, beneficiamento de arroz e couro, entre outras. A Moinho Régio Alimentos S/A - uma das maiores do Estado e mais tradicional na produção e beneficiamento de arroz, cuja fundação data de 1979, exporta seus produtos para todo Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil. Além de abastecer também vários municípios de Mato Grosso. Sua produção total soma 95 mil toneladas por ano: 36 mil de arroz branco e parbolizado, e 54 mil de produtos derivados de milho, entre eles fubá, canjica e cuscuz.

O proprietário da empresa, Noir Bordin, explica que oferta 120 empregos diretos e indiretos, e que a atividade agroindustrial é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico de Cuiabá. Segundo ele, investir em qualidade dos produtos e nas pessoas que trabalham com ele é fundamental para conseguir os objetivos esperados. "Tudo que é industrializado aqui é testado por nossos técnicos. Para isso, temos equipamentos com tecnologia avançada, um laboratório e engenheiro químico responsável".

Já sua esposa, Rosane Pagani Bordin, diretora administrativa da empresa, diz que o setor enfrentou problemas nos últimos anos, se recupera nesta safra, mas ainda necessita de incentivos e investimentos, tanto por parte do governo municipal como estadual. Estes fatores, inclusive, os levaram a investir também em produtos a partir do milho, de um ano para cá, e ainda em derivados do trigo, que diferente do arroz e milho, é comprado de outros estados.

O Sindicato da Indústria de Arroz do Mato Grosso (Sindarroz-MT) prevê uma produção de 780 mil toneladas para este ano. Destas, 220 mil serão consumidas no Estado, a maior parte irá para outras regiões do Brasil. Apesar do clima chuvoso ter prejudicado várias culturas agrícolas nesta safra, o arroz se manteve um crescimento para a safra 2008/09. O quinto levantamento da safra 2008/09, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em fevereiro, indica que a produção do cereal subiu 2,5% ( de 12 mil para 12,356 mil t). O cultivo da maior parte do arroz se dá em áreas irrigadas, que o torna menos susceptível às mudanças climáticas. Esta, foi uma das explicações da Conab para o acréscimo na produção.




Fonte: A Gazeta

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