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Saúde
Sábado - 11 de Abril de 2009 às 01:30

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O Estado começa a intervir a partir deste sábado (11) nas ações de combate ao Aedes Aegypty, mosquito vetor da dengue. Em reunião nesta sexta à noite, o prefeito Wilson Santos e o secretário-chefe da Casa Civil do governo estadual, major Eumar Novacki, decidiram que, a partir das 10h, um helicóptero vai sobrevoar a Capital para ajudar a identificar locais, sejam residências ou terrenos baldios ou outros ambientes que possam conter larvas do mosquito. Pelo ar, uma equipe vai monitorar agentes de saúde, que estarão atuando em regime de plantão e numa ação conjunta entre servidores do Estado e da prefeitura. O secretário estadual de Saúde, Augustinho Moro, que estava no interior, foi acionado para acompanhar todo o trabalho.

Uma nova reunião entre representantes da prefeitura e do governo do Estado já está agendada para segunda (13), quando será apresentado um levantamento oficial sobre a real situação. Cuiabá vive epidemia de dengue. A secretaria municipal de Saúde, sob Luiz Soares, recebeu 1.011 notificações e 276 foram confirmados. Do total, há 31 registros da doença na forma hemorrágica e 29 de dengue com complicação. Três pessoas já morreram na Capital este ano de dengue hemorrágica e existe um caso ainda sob investigação.

O secretário Soares, que escalou mais de 320 agentes para as visitas às casas, admite falhas do poder público, mas entende que a população precisa se conscientizar dos cuidados preventivos para evitar criação de depósitos de larvas do vetor da dengue. Concorda que a situação é grave e observa que, sozinha, a prefeitura não tem condições de vencer o mosquito Aedes Aegypty. Em Cuiabá, há 215 mil imóveis, dos quais 30 mil são terrenos baldios, 20 mil comerciais e 165 mil domicílios.

Wilson Santos coordena o Comitê contra a Dengue. Ele anunciou que neste sábado a prefeitura entrega ao 44º Batalhão de Infantaria Motorizado material para a confecção de mais de 3 mil armadilhas para capturar o mosquito que transmite a doença.

No Pronto-Socorro

No Hospital e Pronto-Socorro Municipal da Capital faltam leitos, médicos e estoque de plaquetas para atender pessoas com suspeitas de ter contraído dengue, principalmente crianças. Foram reservados 31 leitos especialmente para esses casos, mas não são suficientes. Para amenizar o drama das pessoas que ficam várias horas à espera de atendimento, o HPSMC está tentando distribuir pacientes a outras unidades da rede pública. O estoque de plaquetas no Hemocentro está "zerado" e, numa ação de desespero, a secretaria de Saúde faz plantão neste feriado prolongado para receber doação de sangue. Nessa luta, esbarra em dificuldade de gestão. Faltam, por exemplo, funcionários para separar as plaquetas extraídas do sangue e que tem durabilidade de apenas 5 dias para uso útil.





Fonte: RD News

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