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Economia
Quinta - 09 de Abril de 2009 às 16:40

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As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,171 nas operações finais desta quinta-feira, véspera de feriado. A taxa representa um decréscimo de 1,45% sobre a cotação de ontem, sendo o menor valor desde novembro de 2008. Na praça paulista, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,300, em um declínio de 1,28%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com forte alta de 3,15%, aos 45.573 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,73 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 2,89%.

Como já salientaram profissionais das mesas de operações, o mercado "quer comprar" a tese de que a crise mundial parece ter data marcada para terminar e já procura antecipar um pouco dessa recuperação. Enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cada vez mais se aproxima de seu preço anterior à piora da crise, a taxa de câmbio já atingiu seu menor valor neste ano.

Hoje, esse bom humor ganhou fôlego com as notícias sobre um possível lucro recorde do banco americano Wells Fargo, um dos atingidos pela crise dos créditos "subprime", ainda neste primeiro trimestre. Ainda em março, outros bancos dos EUA já haviam sinalizado resultados positivos para os primeiros meses do ano, o que ajudou a desanuviar parte do pessimismo predominante no início deste ano.

Alguns corretores de câmbio, no entanto, evitam alimentar a euforia e ressaltam que ainda se espera um repique mais forte das taxas, lembrando que não se trata da primeira vez que os preços da moeda americana caem abaixo de R$ 2,20.

"As notícias lá de foram estão sendo muito bem assimiladas aqui no Brasil. E isso transmite um pouco mais de calma para o mercado doméstico. O volume do mercado ainda está muito diminuto para os dois lados [vendas e compras externas], mas já notamos algum incremento nas exportações", comenta José Carlos Benites, profissional da corretora de câmbio Moeda. "Eu acho que vai ser um pouco mais difícil acontecer um repique [no valor do dólar] em comparação com algum tempo atrás. E se houver, não vai ter aquela mesma volatilidade de antes. É possível que volte para R$ 2,25, mas acho difícil que volte para algo como R$ 2,45", acrescenta.





Fonte: Folha Online

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