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Internacional
Terça - 07 de Abril de 2009 às 09:46
Por: Assimina Vlahou/De Roma

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O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou nesta terça-feira que chega a 207 o número de mortos por causa do terremoto que atingiu a cidade de Áquila, a 95 quilômetros de Roma, na segunda-feira.

Em pronunciamento oficial, Berlusconi afirmou que a catástrofe deixou ainda mais de mil feridos e 15 desaparecidos. De acordo com a Defesa Civil italiana, o número de desabrigados é de 17 mil.

Ainda segundo o premiê, pelo menos 150 pessoas foram retiradas com vida dos escombros dos prédios destruídos pelo terremoto, em uma operação de resgate que está envolvendo mais de 7 mil profissionais, entre bombeiros, policiais, soldados e voluntários da região de Abruzzo, onde 27 municípios foram atingidos.

Na manhã desta terça-feira, foram sentidos novos tremores em Áquila, no que os especialistas chamam de abalos secundários. Um deles chegou a uma magnitude de 4,7 graus na escala Richter.

Berlusconi afirmou que estes tremores estão colocando em risco a vida das equipes de resgate, mas disse que a busca por sobreviventes deve continuar por mais 48 horas.

Comoção

Durante toda a noite, as equipes trabalharam sem parar apesar do frio e da chuva forte.

O caso da estudante Marta, de 24 anos, tirada dos escombros 23 horas depois do terremoto, comoveu os italianos.

Os bombeiros a encontraram deitada na cama, imobilizada, presa sob os escombros do prédio de quatro andares onde morava, no centro de Áquila. Ao lado de seu corpo havia uma trave de concreto, que tinha caído do teto e serviu como escudo, protegendo a moça durante o desabamento.

Marta foi retirada depois de cinco horas de escavações, às 2h da madrugada (hora local, 21h em Brasília), sob os aplausos emocionados de parentes e amigos que aguardavam aflitos.

"Foi um resgate muito difícil porque havia traves prestes a cair muito perto dela e precisava ter cuidado para não provocar mais desabamentos", disse um dos bombeiros que trabalharam no resgate.

Jovens

Áquila é uma cidade universitária e recebe estudantes de diversas regiões italianas, que se mudam para lá para cursar a faculdade. Muitos deles viviam na Casa do Estudante, um prédio de quatro andares no centro da cidade, que desabou com o terremoto.

O prefeito de Áquila, Massimo Cialente, afirmou que cinco pessoas devem estar sob os destroços da Casa do Estudante. Parentes e amigos aguardam as operações de busca perto do prédio, com esperança de encontrá-lo vivos.

A Defesa Civil improvisou um acampamento nos arredores da cidade para atender os desabrigados. Voluntários estão distribuindo cobertores, comida e água, mas a ajuda não é suficiente para atender a todos que necessitam.

Muita gente que teve que abandonar suas casas foi obrigada a dormir nos carros pois não havia tendas para todos. Durante a noite fez muito frio e a chuva persistente aumentou o desconforto.





Fonte: para a BBC Brasil

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