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Agronegócios
Quinta - 27 de Junho de 2013 às 13:11

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A reunião, que está inclusa na programação do Congresso Internacional da Carne, discutiu assuntos como as mudanças do Plano Agrícola 2013/14 e o edital da Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para casos de sucesso envolvendo gestão sustentável na agricultura.


 
A reunião foi aberta pelo Presidente da Câmara, Antenor Nogueira, e contou com a participação de aproximadamente 30 pessoas que representaram Sindicatos Rurais, associações, federações, bancos e até mesmo frigoríficos. Uma das deliberações foi a de incluir a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul) como convidada permanente da Câmara.


 
O principal ponto de discussão girou em torno do Plano Agrícola e Pecuário, que foi apresentado pelo coordenador geral de Pecuária e Culturas Permanentes da Secretaria de Política Agrícola (SPA), João Antônio Fagundes Salomão. Para a Câmara, o plano possui pontos que excluem os pequenos produtores quanto tentam normatizar as boas práticas criando linhas de crédito para quem cumpri-las. “É complicado de se falar, por exemplo, em bem estar animal quando no Brasil ainda não existem regras sobre isso”, exemplifica Antenor Nogueira.


 
O presidente afirma que o maior descontentamento é que o Mapa não têm respeitado a função para qual a Câmara foi criada. “Nós existimos para discutir tudo o que envolver assuntos de pecuária de corte dentro do Mapa e isso não está acontecendo. Não queremos impor regras, mas temos capacidade de auxiliar na normatização e queremos que nossa opinião seja levada em consideração. Aqui temos um panorama geral porque os integrantes vão desde sindicatos rurais até frigoríficos, supermercados e exportadores”, completou.


 
Sanidade sem fronteiras


 
Criado com o intuito de ampliar a fiscalização na fronteira do Brasil com o Paraguai, a Famasul criou o projeto Sanidade sem Fronteiras, que foi apresentado pelo técnico veterinário Cyl Farney. Ele explicou que uma das grandes dificuldades é que os dois países são separados apenas por uma estrada. “De um mesmo pasto comem bois de dois países. A conscientização que precisamos ter é de que a fronteira é nossa”, acrescentou.


 
Descanso para ovinos


 
Outro projeto apresentado pela Famasul foi o de uma propriedade de descanso para ovinos e da venda coletiva de produtores. Cyl explica que a comercialização de ovinos não existia no Mato Grosso do Sul, mas que, de forma amadora, muitos produtores criavam os animais. “Percebemos que se juntássemos os animais de vários produtores teríamos uma quantidade significativa. No aspecto sanitário também tínhamos problemas porque os transportes e abates eram realizados de forma clandestina”, diz.


 
Foi então que os produtores se uniram e alugaram uma propriedade de descanso coordenada por um veterinário. Os animais são levados para o local, analisados pelo profissional e encaminhados para o abate em um mesmo lote. O primeiro abate contou com 18 produtores e o segundo, realizado na semana passada, já teve 58. “Os animais ficam lá por, no máximo, 24 horas e o veterinário marca o dia do embarque e abate. O último foi feito em São Paulo. A nota fiscal é emitida pelo produtor direto ao frigorífico e isso tem dado muito certo”, finalizou.





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