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Agronegócios
Sexta - 03 de Abril de 2009 às 15:38

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estima crescimento de 10% para a produção brasileira de trigo, podendo suprir 60% da demanda interna.

A necessidade brasileira de colher mais trigo aumentou principalmente depois que a Argentina, principal fornecedora do produto, sofreu forte redução em sua produção. Por isso, o governo argentino adotou medidas para frear as exportações e garantir o abastecimento interno.

Mesmo com o aumento da produção brasileira, o país deve ter que importar mais de 4 milhões de toneladas este ano, volume que não será totalmente suprido pela Argentina, que deve exportar, ao todo, 3,4 milhões de toneladas, sendo aproximadamente 2 milhões para o Brasil. Com isso, os moinhos já reivindicam que o governo reduza a TEC (Tarifa Externa Comum), que é de 10% para os países de fora do Mercosul.

De acordo com Stephanes, isso deve ser feito no momento e quantidade certos para que o trigo importado não cause redução do preço pago aos triticultores brasileiros. Para isso, a TEC deve ser liberada somente quando os estoques estiverem próximos de acabar e num volume que abasteça o mercado até não muito além da próxima colheita.

"Eu não aceito que seja discutida a redução dessa tarifa no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", afirmou o ministro em seu discurso.

Preço

No lançamento oficial do plantio de trigo no Paraná, maior produtor nacional do cereal, Stephanes ressaltou o estímulo dado pelo governo federal ao cultivo variedade de melhor qualidade do produto.

"O preço mínimo já foi estabelecido e, inclusive, introduzimos uma inovação, que é estabelecer um valor maior para o trigo de melhor qualidade, ou seja, estamos induzindo a se produzir um trigo melhor", afirmou.

O CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, no dia 26 de março, reajustar de forma distinta o trigo melhorador, considerado de melhor qualidade, usado na fabricação de pães, e o brando, de qualidade inferior. O preço mínimo dos dois tipos, que era de R$ 480 a tonelada, subiram, respectivamente, 15,63% e 10,42%, passando para R$ 530 e R$ 555 a tonelada.

Na última safra, o país produziu 6 milhões de toneladas de trigo, ante um consumo interno de 10,86 milhões de toneladas. O estado do Paraná é responsável por 53% da produção nacional.





Fonte: Agência Brasil

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