Três crianças de nacionalidade portuguesa são encontradas em Nova Mutum
A localização de três crianças de nacionalidade portuguesas no Assentamento Pontal do Marape (150km da sede de Nova Mutum), ainda é uma mistério para as autoridades constituídas. Desde o dia 26 de março, quinta-feira da última semana, Conselho Tutelar e Promotoria de Justiça estão procurando respostas que possam elucidar o caso.
O Conselho Tutelar tomou conhecimento da situação através de uma denuncia anônima. Três crianças de outra nacionalidade em um assentamento chamaram a atenção. Os conselheiros visitaram o local e conversaram com Joelma Alexandra Guerra, mulher que estava com as crianças. Como a mesma não deu respostas conclusivas nem apresentou documentos que comprovassem a guarda, as mesmas ficaram sob os cuidados da justiça.
Os menores, com idades de 13, 11 e 10 anos, estão abrigados na Casa de Apoio Lar dos Girassóis. De acordo com o promotor de Justiça Renne do Ó Souza, o juiz da Infância e da Juventude, da comarca de Nova Mutum está mantendo contato com o Ministério das Relações Exteriores de Portugal, no sentido de descobrir em que situação tais crianças saíram do país de origem.
De acordo com Rennê, o visto de permanência no passaporte dos menores está vencido, o que acarreta em deportação, situação esta que deve ser resolvida pela Polícia Federal.
A imprensa teve oportunidade de conversar com um dos menores. Ele relata que Joelma Alexandra Guerra trabalhou por um determinado tempo como babá (por cerca de um ano) na casa de seus pais em Portugal. Determinado tempo depois de Joelma já ter vindo para o Brasil, os três menores e sua mãe também vieram. O destino foi a cidade de Faxinal/PR, onde morava a babá.
A mãe dos três menores deixou-os com Joelma e seguiu para o Rio de Janeiro, onde pretendia arrumar emprego. Por circunstâncias ainda não esclarecidas, Joelma veio parar com as crianças no Assentamento Pontal do Marape, interior de Nova Mutum. Essa mesma história é confirmada por Joelma. “A situação é bastante confusa e com muitas lacunas. Esperamos ter respostas em breve”, disse o promotor.
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