Governo nega intervenção na Unemat
Especulações de uma possível intervenção do Governo do Estado na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) foram desmentidas ontem pelo secretário Chefe da Casa Civil, Eumar Novacki. Com um clima difícil por causa de questões financeiras, os deputados estaduais vão realizar na quarta-feira uma audiência da Comissão de Educação para ouvir os representantes dos alunos e dos professores, além da direção da instituição que é do reitor Taisir Mahmudo Karin, eleito e reeleito em processo democrático.
"Não se discutiu em nenhum momento este tipo de atitude. O governador Blairo Maggi (PR) apenas demonstra preocupação em que haja um equilíbrio na relação entre direção, mestres e acadêmicos para o bom andamento das coisas, nada além disto", pontuou Eumar Novacki, lembrando que o governo trabalha pelo engrandecimento da instituição e pela sua ampliação para a maioria dos municípios, "mas tudo dentro da ordem e atrelado ao orçamento da instituição", disse.
Toda a celeuma, segundo o presidente da Assembléia, deputado José Riva (PP), foi quanto à questão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) aprovado e que o reitor assegurou que sua implantação total deixaria as finanças da instituição comprometida e sem condições de honrar outros compromissos. "Somente a aprovação da emenda constitucional que eleva as receitas para 2,5% das Receitas Correntes Líquidas para mudar o quadro de dificuldades", disse Riva. Estima-se em R$ 9 milhões o déficit da Unemat.
O deputado Alexandre César, lembrou que a instituição foi notificada pelo Ministério Público e que não está sendo cumprido o que foi aprovado em comum acordo entre docentes, discentes e direção. "Dificuldades nós sabemos que existe, mas é preciso que a direção se comprometa com o que ficou acertado no passado e é de conhecimento de todos e não tome decisões isoladas", disse o parlamentar petista.
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