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Brunetto requer informações sobre Hospital de Transplantes do Estado
Com a promessa de começar a funcionar em 2012, o Hospital de Transplantes de Cuiabá ainda não tem previsão de iniciar suas atividades. Por este motivo o deputado estadual, Ademir Brunetto (PT), apresentou um requerimento na Sessão Ordinária do último, dia 25, solicitando ao governo do estado para que o Governador, Silval Barbosa, e o Secretário de Estado de Saúde, Mauri Lima, informem o porque do atraso para o início dos trabalhos da hospital.
As promessas é que o a unidade hospitalar possuiria 130 leitos e capacidade para realizar cirurgias complexas, como transplantes de rim, de coração entre outras. Apesar do espaço já existir e o governo estadual pagar um aluguel desde 2011, o espaço continua completamente abandonado e sem equipamentos. Os gastos chegam a 200 mil reais com a locação do imóvel.
Para Brunetto, isto é apenas um dos exemplos do descaso com a saúde pública em Mato Grosso. Segundo informações, por falta de um hospital há exatamente 10 anos não se realiza no Estado transplantes de órgãos, a exceção é o de córnea, que é um procedimento mais simples.
“Representantes do governo estadual pronunciaram que estes problemas seriam resolvidos com a inauguração do hospital, previsto para iniciar sua atividades em 2012.Contudo, quase um ano após a previsão de inauguração da unidade de transplantes, o que vemos até agora, é só um espaço vazio, sem equipamentos, sem remédios, sem médicos e sem data para funcionar”, informou o deputado.
“Estamos andando na contramão de outros estados” relatou Brunetto que apresentou dados do Ministério da Saúde. “Segundo as informações, o número de transplantes cresceu 12,7% em todo o território brasileiro, comparando o período de janeiro a junho de 2011 e 2012. No entanto, em Mato Grosso, há uma década nenhum transplante acontece aqui. Em todos os outros, os pacientes precisam ser atendidos em outros estados”.
O parlamentar ainda expôs que os pacientes que precisam de transplante de rim ou enxerto ósseo, precisam entrar em uma fila de espera dos outros estados aguardando um longo período para conseguir realizar seu procedimento. “A cirurgia e a passagem para ir à outra cidade são financiadas pelo Estado, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a hospedagem, alimentação e outros gastos são por conta do paciente”, destacou o parlamentar.
A denúncia surgiu após a revista Exame, edição 1043, de junho de 2013, revelar o caso. Ainda, segundo o periódico, existe também o caso de um hospital público que esta em construção em Cuiabá há 27 anos, sem previsão da finalização das obras e do início das atividades.
Ainda segundo a matéria, o governo do Estado atribui o atraso da inauguração a problemas burocráticos com o governo federal, no que diz respeito a assinatura do convênio, que vai liberar cerca de 15 milhões para prover o hospital. Somente após o repasse de verbas será possível estabelecer uma data precisa para iniciar os atendimentos.
De acordo com o parlamentar, existem boatos, que o município por ser uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014, vai receber cerca de 600 mil visitantes e por falta de hospitais públicos, o governo cogita mais uma rodada de locações e arrendamentos de hospitais privados para atendimento aos turistas. “Estas informações são imprescindíveis para debatermos a situação da saúde de Mato Grosso. Lembrando que é prerrogativa do poder legislativo fiscalizar os atos da administração pública e que são de interesses da população. Ele nem começou a funcionar e os gastos já são exorbitantes”, mencionou.
“Se não bastasse todas as mazelas elencadas, Cuiabá não possui leitos suficientes para atender a demanda atual da população. Policlínicas funcionam mal, Pronto Socorro presta atendimento de baixa qualidade. Mas, acredito que Mato Grosso acordou. As manifestações populares estão provando isso. Estudantes, trabalhadores, idosos e crianças mostram sua indignação diante da roubalheira generalizada, desvio de recursos públicos, superfaturamento nas obras da Copa do Mundo”, argumentou Brunetto.
O deputado pediu às autoridades que respondam uma série de questionamentos como: o valor real gasto com a locação se existe uma data para o início das atividades e a liberação dos recursos e a quantos anda este processo, existem outras despesas com a locação do imóvel, e outras informações pertinentes e que possam ser de interesse do legislativo estadual.
“Espero receber o quanto antes estas informações e continuarei insistindo com meus colegas a necessidade de implantar a CPI dos medicamentos, pois acredito que muita coisa será revelada com a investigação desta comissão”, finalizou o parlamentar.
Fonte:
Assessoria de Gabinete
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