Sacrifício do brasileiro será curto, afirma Lula sobre crise
Segundo o presidente, "quem importa fruta, carne e soja do Brasil sabe que tem de continuar comprando, vai continuar importando". Lula concedeu entrevista ao programa "Supermanhã", da Rádio Jornal, respondendo sobre a crise da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco (PE).
De acordo com o presidente, o setor de exportação é "vital" e é nessas horas que o governo tem de entrar para atuar, seja por meio de medidas da administração federal, do Banco do Brasil (BB) ou do Banco do Nordeste (BNB) para rolar "dívidas dos companheiros e não permitir que o sufoco venha matar afogados os que apostaram e trabalharam o tempo inteiro".
No fim da manhã, o presidente inaugura uma fábrica da Sadia, a primeira da empresa no Nordeste, em Vitória de Santo Antão, na região metropolitana do Recife.
'Gripe num cabra macho'
Para Lula, a inauguração é um ato simbólico porque, no momento em que só se fala de crise, uma companhia se instala e, com ela, "virá progresso para a região".
"Este país não tem de ter medo de crise. É como uma gripe num cabra macho, ele vai trabalhar e não perde um dia de serviço por causa da gripe. Eu quero mostrar que existe uma crise, ela é grave, (o presidente dos Estados Unidos, Barack) Obama e os alemães têm mais problemas que o Brasil e nós vamos enfrentar essa crise trabalhando", disse o presidente.
Lula também falou sobre sua forma de agir para enfrentar a crise. "Quanto mais crise, mais trabalho. Quanto mais crise, mais investimento. É assim que vamos debelar esta crise causada pela irresponsabilidade do sistema financeiro internacional", disse ele.
Ao ser indagado sobre se tomou medidas a tempo, o presidente respondeu que é uma "asneira profunda" dizer que ele demorou para enfrentar os efeitos da crise no país.
Comentários