Comandos Regionais contam com policiais qualificados em negociação

A Polícia Militar de Mato Grosso conta com profissionais habilitados em gerenciamento e negociação de crises em todos os Comandos Regionais (Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra e Juína). São policiais aptos à negociação em situações de extrema violência, com elevado grau de estresse. Fatores esses que exigem do negociador técnica apurada, paciência, habilidade e tranquilidade.

Vale lembrar que na grade curricular dos Cursos de Formação de Soldados e Cursos de Formação de Oficiais, obrigatórios para o ingresso na Corporação, existe disciplina enfocando essa modalidade de atuação. No final de semana policiais militares do Comando Regional I (Cuiabá) e Batalhão de Operações Especializado que evitaram a morte de uma criança de três anos serão homenageados pelo Comando Geral.

“Infelizmente essas situações terminam sendo corriqueiras no trabalho policial. O bom gerenciamento de uma crise é acima de tudo resultado da competência e dedicação do profissional que tem que atuar com calma, decidir dentro da lei e, o mais importante, respeitar a vida do cidadão. Cada uma das situações atendidas é uma ação de gerenciamento de crise”, afirma o comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito Campos Filho. Somente em 2008 a Polícia Militar atendeu a 108,8 mil ocorrências em todo Estado.

Durante o final de semana, em duas situações distintas, policiais militares evitaram que sete pessoas tivessem as vidas ceifadas em ações criminosas. “Não foi necessário efetuar nenhum disparo com arma letal”, explica o coronel Campos Filho.

Ele explica que os 60 minutos iniciais do processo de negociação são fundamentais para garantir o sucesso da ação. Diz ainda que todo procedimento de gerenciamento deve obedecer ao padrão de Contenção, Isolamento e Negociação (CIN).

O curso de Gerenciamento de Crises tem aulas teóricas e práticas. Das aulas constam temas como doutrina de gerenciamento de crises, uso da psicologia aplicada ao gerenciamento de crise, primeira intervenção em situações de crise, negociação, técnicas não letais, estudos de casos e outras ligadas diretamente ou indiretamente à atividade policial, mas com aplicações em negociações de todas as naturezas.