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Sexta - 20 de Março de 2009 às 15:11

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A Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai) está praticamente reimplantando o balizamento na Hidrovia do Rio Paraguai para atender os 671 quilômetros entre as cidades de Corumbá (MS) e Cáceres (MT), desde o dia 23 de fevereiro, trabalho de campo que está sendo executado por uma equipe composta por 15 pessoas, com o apoio de dois rebocadores, uma balsa de serviço e barcos a motor de popa.

O serviço que deverá durar pelo menos 45 dias efetua uma varredura do leito do rio por sistema georreferenciado, que dará suporte ao melhor posicionamento dos sinais, garantindo qualidade e melhores condições de navegação e de segurança na via.

Um dos pontos críticos da navegação entre as duas cidades pantaneiras é a Lagoa Gaíva, que receberá atenção especial com a substituição de lanternas luminosas por outras mais modernas, que terão visibilidade de maior distância e vida útil, assim como, fixação de mais placas e bóias de orientação do canal. Após o serviço, será editado um novo croqui de navegação, que será encaminhado à Marinha para análise e aprovação.

A sinalização náutica nesse trecho é de responsabilidade da Ahipar, órgão do Ministério dos Transportes sediado em Corumbá. Os trabalhos são desenvolvidos sob a supervisão da Marinha do Brasil, pelo comando do 6º Distrito Naval de Ladário, através dos órgãos de subordinação, a Capitania Fluvial do Pantanal e do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste.

Índice de eficácia

O balizamento na hidrovia é composto por sinais de margem e flutuantes, constituídos por placas de sinais "cegos" e luminosos (faroletes) e bóias, que obedecem a padronização de formatos e simbologias adotados pelos países (Argentina, Bolívia, Brasil,Paraguai e Uruguai) que compõem o Comitê Intergovernamental da Hidrovia Paraguai-Paraná (CIHPP).

Durante a década de 1980, a Ahipar, ainda subordinada à extinta Portobras (Empresa de Portos do Brasil SA), implantou o balizamento do tramo norte da via, com base em projeto desenvolvido, à época, pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha. A partir de então o balizamento foi mantido pela Ahipar com esmero, sempre atendendo o Índice de Eficácia de 95% adotado pelo país, ou seja, qualquer sinal náutico deve estar continuamente operando a qualquer tempo.

Incompetência

Entretanto, o descaso de administrações anteriores, permitiram que o trecho fosse retirado do cálculo de eficácia pelo Centro de Sinalização e Reparos Almirante Moraes Rego (CAMR), da Marinha do Brasil, em razão de o balizamento não apresentar confiabilidade, demonstrando aquela administração total incapacidade para gerir toda e qualquer atividade de atribuição da hidrovia, a ela confiada.

Sem o cálculo de eficácia vale dizer que o referido trecho não era seguro, colocando em risco os navegantes, principalmente embarcações de turismo e chalanas que atendem as comunidades ribeirinhas, fato que implicaria no não reconhecimento por parte das empresas seguradoras em caso de algum sinistro, que felizmente não ocorreu.

A atual administração da Ahipar, composta por técnicos de carreira do órgão, com conhecimento e larga experiência com as lides aquaviárias, tomando ciência da lastimável situação da sinalização através de relatórios enviados pela Capitania e pelo Serviço de Sinalização, comunicou, à época, ao comando da Marinha, em Ladário, o compromisso de recompor o balizamento – o que já está em execução.





Fonte: TVCA

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