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Polícia Brasil
Quarta - 26 de Junho de 2013 às 12:22

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Reprodução

Um jovem de 19 anos, que foi preso depois de participar das manifestações que ocorreram segunda-feira (24), emGoiânia, disse que está arrependido das atitudes que teve. Segundo a polícia, o estudante Leonardo Henrique Daniel Silva de Almeida estava com vários explosivos na mochila.

O rapaz conta que recebeu os artefatos de um outro manifestante e os colocou em sua bolsa. Ele foi detido depois de estourar um dos explosivos pertos dos militares que tentavam fazer a segurança da Prefeitura Municipal.

“Chegou um rapaz e disse: ‘Vamos animar isso daqui’. Ele estava com a mochila cheia de foguetes, bombas. Ele me ofereceu e eu caí na burrice e aceitei. Guardei na minha mochila e uma delas eu acendi. Foi na hora que a polícia chegou e me prendeu”, lembra Leonardo.

O estudante foi um dos 2 mil participantes - segundo a polícia; organizadores falam em 4 mil - do protesto na capital goiana. O movimento ficou marcado por atos de vandalismo. Houve confronto depois que a Tropa de Choque usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que estavam em frente ao Paço Municipal.

A Polícia Civil afirma que já identificou quem são as pessoas que estão praticando vandalismo. Segundo o delegado titular do 1º DP de Goiânia, Isaías de Araújo Pinheiros, são cerca de 50 indivíduos, os mesmo que sempre estão agindo nos protestos. Eles se infiltram em torcidas organizadas para praticar os crimes.

O problema, segundo o delegado, é manter essas pessoas atrás das grades. “Essas pessoas já foram presas dezenas de vezes, todo mundo sabe quem é. O problema no Brasil é a impunidade. Estamos em uma situação de faz de conta. Acho que é uma hora do poder judiciário sair do gabinete e vir ajudar a polícia. Porque nós estamos aqui levando pedrada no rosto, a PM está sem dormir e as pessoas não ficam presas”, lamenta.

Violência
Durante o protesto, Quatro carros de reportagem - dois da TV Anhanguera/Globo, um da TV Serra Dourada/SBT e um do jornal O Popular - foram depredados por grupos de manifestantes. Eles também atacaram prédios públicos e particulares.

Grupo depreda carro da TV Anhanguera/Globo durante protesto em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)Imagem mostra carro de reportagem sendo depredado por grupo (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

Um restaurante que fica dentro de um posto de combustíveis às margens da BR-153, também foi alvo dos vândalos. Os vidros do local estavam sendo trocados nesta terça-feira (25).

Cleogival da Silva, gerente do posto, estava trabalhando quando tudo aconteceu. Ele conta que viveu momentos tensos quando tudo aconteceu. "Chegaram destruindo tudo. Pegavam os extintores e jogavam no chão. Eles queriam incendiar o posto. A coisa foi feia mesmo. Colocamos seguranças para conter os manifestantes. Manifestantes não, vândalos", relembra,

Três policiais militares também foram vítima da fúria do grupo que agiu de forma violenta. Apesar dos ferimentos, todos passam bem.

"Uma policial feminino foi atingida. Um policial tomou uma pedrada no queixo e devido a um ferimento grande, teve que ser suturado. Também teve um capitão que levou uma pedrada na perna", informa o coronel Walter Caetano, assessor de imprensa da PM.

Quem viu as imagens da destruição pela televisão, ficou assustado. "Pode manifestar, é certo e é justo. Mas abusar não. O que eles andam fazendo, quebrando ônibus e desrespeitando certas pessoas eu acho errado. Não concordo", diz a funcionária de serviços gerais Ilza Barbosa.

Manifestantes entram em confronto com a PM ao tentar invadir a prefeitura de Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Manifestantes entram em confronto com a PM ao tentar invadir a prefeitura (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)





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