MT registra a maior expansão do emprego no país em fevereiro
Mato Grosso está entre os quatro estados que se destacaram na geração de empregos em fevereiro. De acordo com o Ministério do Trabalho, foram abertos no estado, 5.378 novos postos de trabalho. O índice de expansão do emprego no estado foi de 1,13%, o maior do país. No bimestre o saldo também é positivo, com 8.702 vagas com carteira assinada. Os setores com maior crescimento no estado foram agropecuária, serviços e indústria de transformação.
Em fevereiro de 2009 a geração de emprego no país cresceu 0,03%. O saldo (balanço entre admissões e demissões) foi de 9.179 postos com carteira assinada sobre o estoque de assalariados celetistas do mês anterior. Esse comportamento favorável, embora modesto, demonstra uma importante reação do mercado de trabalho formal brasileiro após três meses consecutivos de resultados negativos. Vale ressaltar que o número de admissões no segundo mês do ano foi de 1,23 milhão de pessoas, patamar superior ao verificado em janeiro (1.216.550).
O número de desligamentos em fevereiro (1.224.375) foi inferior ao do mês anterior, representando declínio de 7,13% e reforçando a mudança da curva da empregabilidade no país. Foi o que divulgou esta quarta-feira o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em Brasília.
A região Centro Oeste e o estado de Mato Grosso foram os grandes destaques na geração de emprego no país. No Centro-Oeste foram criados mais 19.039 postos ou crescimento de +0,82%, com o terceiro melhor saldo da série do Caged. Nas outras regiões o maior crescimento foi no Sul, +0,15%.
Nos estados, levando em consideração o número absoluto de postos de trabalho gerado, Mato Grosso é o quarto melhor do país, ficando atrás apenas de Goiás, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Mas pelo índice de crescimento, Mato Grosso ficou em primeiro lugar, com 5.378 novos postos, um índice de expansão de 1,13%.
Merecem ainda destaque o Distrito Federal (+3.395 postos ou +0,57%), segundo melhor saldo e terceiro melhor crescimento relativo; Rondônia (+1.598 postos ou +0,95%), com saldo recorde de geração de empregos, e o Tocantins (+1.027 postos ou +0,96%), com o terceiro melhor saldo da série.
"A minha expectativa é que março será o mês da virada. O saldo negativo dos últimos três meses não se repetiu em fevereiro e eu acredito que a reação do mercado, a diminuição das demissões e o aumento do salário-mínimo serão determinantes para que a geração de empregos se recupere mais ainda no próximo mês e tenhamos o acumulado de 2009 já positivo", disse Lupi.
Na avaliação do ministro, diversos cenários apontam para isso, o que aponta otimismo e confinança na economia do Brasil. "O país está sendo um dos primeiros a mostrar que saiu da crise".
O resultado de fevereiro também melhorou o saldo acumulado de 2009, diminuindo a perda de vagas para -92.569 empregos (-0,29%). Nos últimos 12 meses o saldo é positivo em 1.011.751 postos, alta de 3,28% e mais de duas vezes superior à média de toda a série do Caged para o mesmo período (486.479 empregos).
Setores
Entre os oito grandes setores de atividade econômica, cinco apresentaram desempenho positivo no mês de fevereiro: Serviços, Construção Civil, Agricultura, Administração Pública e Serviços Industriais de Utilidade Pública.
O setor de Serviços obteve o quarto melhor desempenho para o mês em toda a série do Caged: foram 57.518 novos postos de trabalho (0,45%), impulsionado principalmente pelo ramo de Ensino (+35.389 postos ou +3,02%, com desempenho recorde, em termos absolutos e relativos), Alojamento e Alimentação (+13.355 postos ou +0,29%) e pelo ramo de Serviços Médicos e Odontológicos (+5.666 postos ou +0,43%), este com saldo recorde e segundo maior percentual de crescimento da série do Caged.
A Construção Civil obteve saldo positivo de 2.842 postos (0,15%), a Agricultura respondeu por 957 postos a mais (0,06%) e os Serviços Industriais de Utilidade Pública pelo acréscimo de 807 vagas (0,23%).
A Indústria de Transformação ainda manteve a trajetória decrescente, ao registrar perda de 56.456 postos (- 0,77%): concentrados em dez de seus 12 ramos de atividade. Os três maiores saldos negativos foram: Indústria de Material de Transporte (-12.986 postos ou -2,61%), Indústria Metalúrgica (-12.001 postos ou -1,63%) e Indústria Mecânica (-8.856 postos ou -1,69%).
Em sentido oposto, merecem destaque pela recuperação a Indústria de Calçados (+2.719 postos ou + 0,87%) e a Indústria da Borracha, Fumo e Couros (+1.634 postos ou +0,51%), que mantiveram a reação iniciada em janeiro.
O setor Comércio embora continue com desempenho negativo (-10.275 postos ou -0,15%) aponta uma redução no ritmo de queda em relação ao mês anterior (-50.781 postos), evidenciando uma reação superior à ocorrida nos mesmos períodos dos últimos anos anteriores, que em média gira em torno de uma variação de 20 mil empregos.
Regiões
Houve elevação no nível de emprego em três das cinco regiões brasileiras. Centro-Oeste (+19.039 postos ou +0,82%), com o terceiro melhor saldo da série do Caged, Sul (+8.915 postos ou +0,15%) e Sudeste (+4.146 postos ou +0,02%). A Região Nordeste, por motivos sazonais relacionados às atividades da Agroindústria, apresentou redução de 16.692 postos (-0,35%) e a Região Norte (-6.229 postos ou -0,48%), devido ao desempenho negativo da Indústria de Transformação e da Construção Civil.
Estados
Nas Unidades da Federação, os destaques positivos ocorreram em Goiás (+8.058 postos ou +0,94%), segundo melhor resultado em termos absolutos; Santa Catarina (+5.674 postos ou +0,36%); Rio de Janeiro (+5.480 postos ou +0,17%) e Mato Grosso (+5.378 postos ou +1,13%).
Merecem ainda destaque o Distrito Federal (+3.395 postos ou +0,57%), segundo melhor saldo e terceiro melhor crescimento relativo; Rondônia (+1.598 postos ou +0,95%), com saldo recorde de geração de empregos, e o Tocantins (+1.027 postos ou +0,96%), com o terceiro melhor saldo da série.
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