Brasil e EUA levarão propostas conjuntas ao G20, diz Lula
Brasil e Estados Unidos formarão um grupo de trabalho com vistas à apresentação de propostas conjuntas na reunião do G20 (grupo formado pelos países mais ricos do mundo e as principais nações emergentes), que será realizada em Londres, no próximo dia 2 de abril.
A informação foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o encontro que manteve com o líder dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington, a capital americana, no sábado.
‘‘Nós temos que tomar as medidas em conjunto. E é para isso que eu vou para Londres participar desse debate. Nós não podemos ir a uma reunião pra ficar discutindo quem é o responsável (pela atual crise financeira), temos que sentar naquela mesa e encontrar uma solução'', afirmou Lula.
O presidente ainda brincou com o risco de se sair de Londres sem uma proposta final.
‘‘Não podemos marcar uma reunião para depois marcarmos mais uma reunião. Isso eu fiz por muito tempo no PT (Partido dos Trabalhadores)'', afirmou.
Obama endossou a necessidade de levar soluções negociadas para o encontro do G20, durante a reunião de sábado na Casa Branca, e disse não haver disparidades entre a posição americana e a de europeus e emergentes para conter a crise econômica e destravar as divergências comerciais entre países.
‘‘Muitas iniciativas serão tomadas individualmente por diferentes países, mas é preciso haver uma coordenação entre as diferentes nações'', afirmou o líder americano, acrescentando, no entanto, que as soluções conjuntas não impedem ações individuais enérgicas.
‘‘Eu já falei com minha equipe econômica para agirmos de forma agressiva a fim de evitar que estas crises aconteçam novamente.''
Os ministros das Finanças dos países do G20 que participaram no sábado de uma reunião preparatória para a cúpula de chefes de Estado em abril aceitaram promover um aumento significativo dos recursos destinados ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo conhecido pela sigla Bric, havia anunciado, inicialmente, que não aceitaria a concessão de recursos extras ao FMI enquanto o órgão não passasse por uma reforma que permitisse um papel mais ativo dos países emergentes.
Comentários