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Economia
Quinta - 12 de Março de 2009 às 17:44

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As micro e pequenas empresas paulistas registraram queda de 16,5% no faturamento médio real em janeiro de 2009 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com levantamento divulgado pelo Sebrae-SP. Em relação a dezembro de 2008, a queda foi de 15,5%. O resultado é o pior registrado para o mês de janeiro dos últimos sete anos.

Em média, as micro e pequenas empresas faturaram R$ 14.372 em janeiro de 2009. No primeiro mês de 2008 --o melhor janeiro registrado desde 2003-- o faturamento médio real das micro e pequenas empresas paulistas foi de R$ 17.206.

Segundo o Sebrae, entre os motivos apontados como responsáveis por essa queda brusca no faturamento estão o impacto da crise financeira internacional na economia brasileira, a dificuldade de acesso ao crédito e a reação conservadora das empresas e dos consumidores em relação a investimentos e consumo.

"Essa queda está diretamente relacionada à redução da atividade econômica e menor liquidez no mercado, particularmente em setores cujas vendas são mais dependentes de financiamento", afirmou Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Sebrae-SP.

Para ele, os dados mostram que, apesar dos esforços do governo, as medidas adotadas até agora não foram suficientes para minimizar os impactos da crise no sistema produtivo.

Setor

O setor industrial apresentou a maior retração em 12 meses: 20,7%. Os segmentos mais afetados foram os de bens de consumo duráveis e bens de capital. Comércio e serviços registraram quedas de 19,6% e 5,6%, respectivamente.

Por região do Estado, o recuo no faturamento foi maior nas micro e pequenas empresas do ABC: 21,1%. Já na cidade de São Paulo a retração foi de 18,2%.

Segundo Marco Aurélio Bedê, economista do Sebrae-SP, os segmentos de atividade mais prejudicados foram os que dependem de crédito para financiar capital de giro e os que dependem das vendas a prazo (ou seja, os que vendem itens financiados). Como exemplo, ele cita produtos de metal, insumos industriais básicos (borracha, plástico, química, madeira, metalurgia básica), máquinas e equipamentos, aparelhos e materiais elétricos, autopeças e comercialização de veículos.





Fonte: Folha Online

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