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Quarta - 11 de Março de 2009 às 23:22
Por: Leandro Menezes

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A julgar pela primeira impressão, definitivamente beleza não será nada fundamental para o Fluminense na era Parreira. Na base do “o que importa é vencer”, tão repetido pelo treinador desde o retorno às Laranjeiras, o Tricolor bateu o Volta Redonda por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela segunda rodada da Taça Rio. Thiago Neves e Conca marcaram os gols, Júnior Baiano fez o do Volta Redonda.

Se dentro de campo o futebol é feio, na tabela a situação é linda: com seis pontos, o Fluminense lidera o Grupo A do segundo turno do Estadual. O Volta Redonda tem três pontos e ainda está em primeiro na outra chave, mas ainda espera as partidas de outros seis adversários.

No próximo domingo, o Tricolor recebe o Macaé, às 16h, no Maracanã, enquanto o Voltaço encara o Madureira, sábado, às 20h30m, no Estádio da Cidadania.

Apatia tricolor, sufoco do Voltaço e vaias

Apático e sonolento, o Fluminense não deve ter agradado em nada ao estreante Carlos Alberto Parreira nos primeiros 45 minutos. Logo aos 2, o Tricolor apresentou espaços na defesa, principalmente pelo setor esquerdo, e Robinho quase abriu o placar para o Volta Redonda. Em velocidade, o atacante avançou, invadiu a área, cortou para o meio e chutou com perigo. A bola desviou na zaga e foi parar na rede pelo lado de fora.

O troco do Flu foi tímido, com Everton Santos, em conclusão por cima do gol após passe de Mariano, aos 5. Pouco depois, Conca, Thiago Neves e Marquinho tentaram triangulação na entrada da área, mas esbarraram na bem postada defesa do Voltaço. Aos 11, mais um susto do time do Sul do estado. Novamente pela esquerda da defesa tricolor, Júlio César foi ao fundo e rolou para o meio da área. Fernando Henrique se antecipou a Robinho e salvou com os pés.

Veloz no ataque na recomposição na defesa, o Volta Redonda se mantinha seguro, até que o Fluminense foi feliz com uma de suas principais armas: a bola parada de Thiago Neves. Aos 20, o meia cobrou falta pela direita, ninguém conseguiu desviar e a bola entrou mansa no canto direito de Edinho: 1 a 0 Tricolor.

A vantagem fez com que o time das Laranjeiras finalmente pudesse tentar impor a maior característica dos times de Parreira: a troca de passes para manter a posse de bola. A calmaria, porém, não durou mais do que cinco minutos. Aos 26, após cobrança de escanteio, os ex-companheiros de Flamengo Júnior Baiano e Luiz Alberto disputaram a jogada pelo alto na pequena área. Melhor para o zagueiro do Voltaço, que empatou a partida e dedicou o gol ao filho Patrick.

Três minutos depois, a virada não aconteceu por muito pouco. Robinho recebeu passe de Júlio César nas costas de Edcarlos e tocou de biquinho, ao melhor estilo Romário, na saída de FH. A bola caprichosamente bateu na trave. No rebote, Róbson Luís fez o gol, bem anulado por falta do atacante em João Paulo.

O lance foi o estopim para os poucos tricolores presentes ao Maracanã iniciarem os protestos. Edcarlos e Mariano foram os mais vaiados, o jogo ficou morno e os sentimentos na saída para o intervalo eram distintos.

- Estamos jogando bem. Fico feliz pelo gol. Quero dedicar para o meu filho Patrick, que fez aniversário esta semana. Não teve provocação no gol, estava falando com ele – disse Júnior Baiano ao SporTV.

- Não estamos conseguindo atacar, nos impor – reclamou Luiz Alberto.

Conca salva, e Flu administra no toque de bola

O Fluminense voltou para a segunda etapa decidido a conquistar a vitória, mas sem nenhuma inspiração. Durante os primeiros cinco minutos foram muitos toques para o lado na entrada da área e nenhuma oportunidade criada. Já o Voltaço se apoiava na disposição de Júnior Baiano.

Aos 7, o zagueiro mais uma vez levou a melhor sobre Luiz Alberto após cobrança de escanteio e escorou firme de cabeça da marca do pênalti. Atento, Fernando Henrique fez linda defesa. Pior para o Volta Redonda, no entanto, que o companheiro de zaga do ex-jogador da seleção não manteve o nível.

Após bobeada de Dedé na intermediária defensiva, Thiago Neves avançou e deixou a bola para Conca encher o pé. Edinho salvou no primeiro lance, mas no rebote Everton Santos devolveu a bola para o argentino que, aos 12, só empurrou para o fundo das redes e colocou o Flu na frente.

A partir daí, o jogo ficou do feitio do Fluminense, que administrou a partida no meio-campo, sem sustos na defesa, e se expondo pouco no ataque. Por 15 minutos, o duelo ficou monótono e deu sono aos pouco mais de nove mil torcedores nas arquibancadas. Parreira trocou a dupla de meias e colocou Maicon e Leandro Bomfim em campo. As alterações acordaram a equipe.

Aos 31, Maicon deixou Andrezinho para trás e no bico da pequena área perdeu gol feito. Dois minutos depois, foi a vez de Everton Santos concluir de cabeça um cruzamento da esquerda e obrigar Edinho a fazer boa defesa.

Cansado, o Tricolor por pouco não permitiu o empate nos minutos finais. Aos 39, Fábio Bala chutou cruzado, e Robinho errou o chute na frente de Fernando Henrique. Aos 44 e 45, porém, o goleiro teve que trabalhar, e bastante.

Primeiro, Preto Casagrande escorou um cruzamento de Caio e por muito pouco a bola não passou entre as pernas do goleiro, que se benzeu após a defesa. No lance seguinte, Robinho gingou para cima de Edcarlos e chutou firme: o camisa 1 segurou a bola e a vitória do Fluminense.





Fonte: Globoesporte.com

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