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Economia
Quarta - 11 de Março de 2009 às 16:27

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O Brasil é o segundo país mais prejudicado pela crise internacional, segundo estudo apresentado nesta quarta-feira pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em comparação com vários países, entre os quais Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Canadá, China, México e Coreia, o Brasil foi o que apresentou maior retração acumulada do PIB (Produto Interno Bruto) desde o início da desaceleração da economia mundial.

De acordo com a pesquisa, o Brasil acumulou queda de 5,3 pontos percentuais do PIB (soma de todos os bens e riquezas produzidos no país) desde que a crise começou a afetar o desempenho da economia, no fim do ano passado. De um crescimento de 1,7% ocorrido no terceiro trimestre de 2008, o país apresentou retração do PIB de 3,6% do quarto trimestre.

Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram diferença acumulada de -2,8 pontos percentuais. De um crescimento de 1,2% no terceiro trimestre de 2007 --o último antes do início da desaceleração-- o país fechou o quarto trimestre de 2008 com queda de 1,6% no PIB. No Japão, a variação foi de -4,2 pontos percentuais e na Zona do Euro, de -2,2 pontos.

Levando em consideração as premissas do estudo, o Brasil só teve melhor resultado do que a Coreia, que apresentou diferença de -7,2 pontos percentuais. O resultado, porém, foi acumulado em quatro trimestres de retração da economia. No Brasil, isso ocorreu em um trimestre.

"O que sente a sociedade são os pontos percentuais de queda do PIB", afirmou Paulo Francini, um dos responsáveis pelo estudo. "O Brasil, em termos de amplitude e em termos de prazo, não tem paralelos."

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse hoje que a queda do PIB do país foi "muito grande" mas que não vai influenciar no crescimento econômico deste ano. Segundo ela, o Brasil tem "fundamentos fortes" para superar os impactos da crise financeira global.

Dilma disse hoje que o governo aproveita a crise financeira para criar oportunidades, ampliando as frentes de exportação, a exemplo do setor petrolífero, onde o Brasil passou de importador para exportador, e da indústria naval.

"Por que a industria naval está 'bombando' [crescendo muito], como dizem os jovens? Porque nos temos para onde vender", disse ela, acrescentando que as exportações do setor de derivados de petróleo também devem crescer, com mais vendas externas de diesel.

Segundo reportagem da Folha desta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, maior pressa no ritmo de redução da taxa básica de juros, hoje em 12,75%.

Sob impacto da retração do PIB, conforme a reportagem, Lula afirmou que o mais adequado é um corte de 1,5 a 2 pontos percentuais. Há quem, no entanto, mantenha a projeção de que taxa básica de juros será reduzida em apenas 1 ponto percentual, confiando em uma postura mais 'conservadora' do Banco Central.

com Agência Brasil





Fonte: Folha Online

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