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Economia
Terça - 25 de Junho de 2013 às 15:45

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Distribuidores de aços planos no Brasil reduziram sua perspectiva de crescimento de vendas em 2013 de 6 para até 2,5 por cento, após um primeiro semestre em que a comercialização deve apurar queda sobre o mesmo período do ano passado, afirmou a associação que representa o setor, Inda.


 
A revisão ocorre em meio à piora do cenário econômico e turbulências sociais que atingiram o país nas últimas semanas e que têm prejudicado a confiança de investidores internacionais no Brasil, afirmou o presidente do Inda, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, Carlos Loureiro.


 
Segundo o Inda, as vendas de aço plano por distribuidores -- setor responsável por cerca de 30 por cento das vendas das usinas siderúrgicas do país -- recuaram 9,4 por cento em maio sobre o mesmo mês do ano passado.


 
Com o resultado, o setor acumulou queda de 2 por cento nas vendas dos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2012.


 
"A gente estava trabalhando com uma previsão de crescimento de 6 por cento nas vendas, mas, se tiver crescimento no ano, dificilmente será de mais de 2,5 por cento", afirmou Loureiro a jornalistas.


 
Na comparação com abril, as vendas de maio recuaram 3,4 por cento e a expectativa do Inda é que junho registre queda de cerca de 5 por cento sobre o mês passado.


 
ESTOQUES E CÂMBIO


 
Após o desempenho de maio, os estoques de aço plano entre os distribuidores subiram 5,9 por cento na comparação com maio de 2012, para 1,061 milhão de toneladas, volume considerado alto por Loureiro e suficiente para 2,9 meses de vendas.


 
"Esse volume é um número alto e que causa desconforto, principalmente porque estamos prevendo queda adicional de vendas para junho", disse ele. "O Brasil da última semana de maio para hoje mudou da água para o vinho (...) As manifestações diminuíram o comércio e a queda no comércio atinge a indústria. O chamado espírito animal do empresário não gosta de confusão", acrescentou.


 
Segundo o presidente do Inda, a valorização do dólar contra o real das últimas semanas não deve ser suficiente para justificar novos aumentos de preços de aço produzido pelas siderúrgicas brasileiras. A avaliação decorre da queda nos preços internacionais do aço, de cerca de 15 por cento desde janeiro, o que tem compensado o avanço da moeda norte-americana, afirmou.


 
Porém, como cerca de 50 por cento do custo das usinas é cotado em dólar, o que inclui os insumos minério de ferro e carvão, é possível que os preços das usinas sejam reajustados nos próximos meses se o real continuar enfraquecendo, disse Loureiro.


 
"Se o dólar se firmar em 2,25 a 2,30 reais, existe a chance de novo aumento de preços das usinas", afirmou ele. As siderúrgicas anunciaram dois aumentos de preços no início do ano em meio a um recuo das importações e expectativas de melhora no consumo de aço no mercado interno.


 
(Por Alberto Alerigi Jr.)




Fonte: Reuters

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