Sobe para 366 o número de casos de dengue em Rosário Oeste
O município de Rosário Oeste sofre com uma epidemia de dengue. Só esse ano o número de casos é maior do que todos os cinco anos anteriores juntos. Maria da Penha de Jesus, coordenadora de epidemiologia da Secretaria Municipal, informa que já são cinco casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), o segundo pior estágio da doença.
O município notificou a morte de Pedro Henrique Coelho, de 6 anos. Segundo informações da secretaria, um exame de sorologia confirmou a morte do menino no dia 24 de fevereiro. Além dele, outro caso assusta a população. Uma criança de 4 anos foi transferida em estado grave para a UTI de Várzea Grande. A suspeita é de FHD.
A Secretaria Estadual disse não reconhecer oficialmente ainda a morte de Pedro Henrique: “Não colocamos esse caso como encerrado, dependemos de um laudo para contabilizar essa morte como proveniente da atual epidemia”, diz Maria de Lourdes Girardes, coordenadora estadual do controle da dengue.
A coordenadora informa que um carro com fumacê, uma espécie de inseticida, foi enviado em caráter de urgência e deve percorrer as ruas de Rosário Oeste durante todo dia de amanhã. “Sem dúvida o que temos na cidade de Rosário hoje é uma epidemia localizada. Mas providências estão sendo tomadas pela secretaria para contornar o problema”.
Quanto aos motivos da atual epidemia, Maria de Lourdes diz ser difícil precisar. “Não existe um fator único, trabalhamos com várias hipóteses numa conjunção de fatores. Existe a reintrodução de sorotipos, muitas das pessoas contaminadas hoje não passaram por epidemias anteriores, existe também a troca de gestão do município e o fator da sazonalidade da doença”.
A coordenadora do município diz estar preocupada com os números da doença. Para ela os dados do Sistema de Informações de Notificações de agravos do Município (Sinam) não refletem a realidade. “As pessoas têm mania de se auto-medicar. É importante informar a população de que é necessário procurar um posto médico ao menor sintoma”. Ela, no entanto, ressalta que as equipes estão sobrecarregadas: “Precisamos da ajuda do Estado para contornar essa situação”.
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