Dólar fecha a R$ 2,38; Bovespa amarga perdas de 3,04%
As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,382 nas últimas operações registradas nesta quinta-feira. O valor representa uma alta de 0,50% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,500, sem variação sobre a taxa anterior.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) amarga retração de 3,05%, aos 37.236 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 2,62 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York desaba 3,46%.
A frustração do mercado financeiro com o pacote anticrise chinês, que não adicionou dinheiro ao montante já anunciado em novembro (US$ 585 bilhões), provocou ajustes nas Bolsas de Valores e no mercado de câmbio, onde os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 2,399 e R$ 2,373.
O premier chinês Wen Jiabao somente reforçou a intenção de fazer com que a economia nacional cresça 8% neste ano, abaixo da média de dois dígitos verifica nos últimos anos. Investidores contavam que o pacote anticrise da China poderia atingir a casa do US$ 1 trilhão, o que não foi mencionado por Jiabao.
Profissionais das mesas de operação veem as dificuldades da economia americana como o principal entrave para o recuo das taxas de câmbio. E se nos momentos de maior nervosismo, vários não descartavam a possibilidade das cotações aproximarem de R$ 2,50, especialistas comentam que, num cenário mais definido, as taxas podem cair até R$ 2,30. Para essa corrente de analistas, um forte movimento especulativo, com origem no mercado futuro de dólar, sustenta as taxas em patamares mais altos.
Desde o dia 4 de fevereiro o Banco Central restringiu suas intervenções no mercado de câmbio. Até essa data, no entanto, a autoridade monetária informou que utilizou quase US$ 60 bilhões (desde setembro) para segurar a alta do dólar.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que serve de referência para as tesourarias dos bancos, rebaixou as taxas projetadas nos principais contratos negociados. O Copom (Comitê de Política Monetária) volta a se reunir no próximo dia 11. Há um relativo consenso no mercado de que a taxa básica deve ser ajustada de 12,75% ao ano para 11,75%.
No contrato com vencimento em abril de 2009, a taxa projetada retraiu de 11,90% ao ano para 11,83%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada caiu de 10,70% para 10,62%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista cedeu de 11,12% para 10,96%.
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