Pacote de habitação terá subsídio maior para população de menor renda

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou nesta quinta-feira que o pacote habitacional a ser lançado ainda neste mês pelo governo vai ter subsídios que variam de acordo com a renda dos trabalhadores.

A população mais beneficiada será aquela com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395), que vai ter um subsídio maior. Essa faixa, segundo ela, concentra 85% do déficit habitacional no país. Esse subsídio será reduzido gradualmente até a faixa de dez salários mínimos (R$ 4.650).

Segundo Dilma, o programa de construção de 1 milhão de casas populares será feito em cima de três pilares: subsídio, fundo garantidor e uma redução do componente de seguro nas prestações.

"Essa população não tem condições de sequer suportar uma prestação. Por isso, vamos combinar subsídios proporcionais à renda, chegando até quase zero subsídio nas faixas mais altas", afirmou Dilma, durante reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) realizada hoje, em Brasília.

Conforme a ministra, o trabalhador só começará a pagar as prestações quando o imóvel ficar pronto. Além disso, se ele perder o emprego, poderá reduzir o valor da prestação naquele momento e jogar esse valor devido para o final do financiamento.

Estados

Governadores pediram na última terça-feira (3), em reunião no Palácio do Planalto, que o governo federal repasse o dinheiro destinado ao pacote habitacional para que Estados e municípios toquem as obras. Além de Dilma, participaram do encontro o ministro Guido Mantega (Fazenda) e os governadores Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP), Roberto Requião (PMDB-PR) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

Segundo o governador Aécio Neves, o governo não conseguirá alcançar a meta de construir 1 milhão de unidades habitacionais até 2010 sem utilizar a estrutura já existente nas Cohabs (Companhia de Habitação) estaduais. Para o governador, a burocracia envolvida no início de um projeto habitacional federal vai atrasar o início dessas obras.