Brasil quer R$ 830 milhões dos bens de traficante Abadía nos EUA
O governo brasileiro vai pedir a metade dos US$ 700 milhões (R$ 1,66 bilhão, na cotação desta quarta-feira) que os Estados Unidos bloquearam com informações decorrentes da prisão do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramíres Abadía.
De acordo com a reportagem, se o pedido do Brasil for atendido, o valor é suficiente para construir 40 escolas de alto padrão, com piscina e teatro.
A previsão que dinheiro advindo de atividade criminosa deve ser dividido entre dois ou mais países consta de um tratado de cooperação assinado em 1997 pelo Brasil e pelos EUA.
A fortuna de Abadía, segundo os EUA, era de US$ 2 bilhões (R$ 4,7 bilhões).
Abadía
Abadía foi preso no dia 7 de agosto de 2007 em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra (Grande São Paulo). Ele é apontado pelo DEA (Drug Enforcement Administration, a agência antidrogas norte-americana) como um dos maiores traficantes do mundo e um dos líderes do cartel do Norte do Vale, na Colômbia.
No Brasil, ele foi denunciado sob acusação de lavagem de dinheiro, uso de documento falso, formação de quadrilha e corrupção ativa. O colombiano teria fugido para o Brasil em 2004 após o pedido de extradição formulado pelos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, Abadía é acusado de traficar drogas no Colorado e em um dos distritos de Nova York e, como líder do cartel, teria enviado mil toneladas de cocaína para aquele país. Ele ainda é acusado de ordenar 315 assassinatos --300 na Colômbia e 15 nos EUA.
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