Gaeco prende empresário e denuncia Walter Rabello
Uemura é apontado como o financiador do esquema. Segundo o promotor Joelson de Campos Maciel, ele disponibilizava toda a logística necessária de sua empresa para o esquema e seu nome era usado para atrair as vítimas, por se tratar de contratos de confiança. A empresa dele monopoliza o ramo em Mato Grosso. Os golpes variavam entre R$ 100 mil a R$ 200 mil e só eram descobertos a partir do momento em que os cheques emitidos pelas empresas fantasmas voltavam, por estarem sem fundos.
Além de Uemura, foram presos na operação "Gafanhoto", dois policiais civis, entre eles o investigador Francisco Dias de Lourenço, o "Chicão", absolvido recentemente pela Justiça por extorsão, os contadores Ronaldo Luiz Mateus e Lupércio Augusto de Campos, assim como René Santos Oliveira, apontado como o grande articulador da quadrilha. "Ele (René) tinha grande poder de persuasão com as vítimas", explica o promotor. Foram expedidos 8 mandados de prisão, que devem ser cumpridos hoje. No total, o Gaeco denunciou 5 policiais civis, considerados o braço armado da organização.
Além de estelionato e formação de quadrilha, o grupo é acusado de extorsão e corrupção. A extorsão acontecia de forma truculenta para cobrar dívidas feitas a partir do monopólio de Uemura. A reportagem tentou ouvir Rabello, mas a assessoria não respondeu à solicitação. O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil não atendeu as ligações.
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