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Polícia Brasil
Quinta - 05 de Março de 2009 às 07:55
Por: Ana Paula Bortoloni

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Seis pessoas, entre elas o empresário Júlio Uemura, proprietário da Comercial Uemura, foram presas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) acusadas de integrar uma quadrilha que aplicava golpes de estelionato em vários estados a partir de criação de empresas fantasmas ou uso de laranjas para comprar produtos de hortifrutigranjeiros. O ex-deputado estadual Walter Rabello, que teve Uemura como um dos financiadores de campanha para prefeito de Cuiabá, também foi denunciado, juntamente com 22 pessoas. Rabello é acusado de tráfico de influência política para facilitar o transporte das mercadorias e resolver qualquer empecilho que surgisse.

Uemura é apontado como o financiador do esquema. Segundo o promotor Joelson de Campos Maciel, ele disponibilizava toda a logística necessária de sua empresa para o esquema e seu nome era usado para atrair as vítimas, por se tratar de contratos de confiança. A empresa dele monopoliza o ramo em Mato Grosso. Os golpes variavam entre R$ 100 mil a R$ 200 mil e só eram descobertos a partir do momento em que os cheques emitidos pelas empresas fantasmas voltavam, por estarem sem fundos.

Além de Uemura, foram presos na operação "Gafanhoto", dois policiais civis, entre eles o investigador Francisco Dias de Lourenço, o "Chicão", absolvido recentemente pela Justiça por extorsão, os contadores Ronaldo Luiz Mateus e Lupércio Augusto de Campos, assim como René Santos Oliveira, apontado como o grande articulador da quadrilha. "Ele (René) tinha grande poder de persuasão com as vítimas", explica o promotor. Foram expedidos 8 mandados de prisão, que devem ser cumpridos hoje. No total, o Gaeco denunciou 5 policiais civis, considerados o braço armado da organização.

Além de estelionato e formação de quadrilha, o grupo é acusado de extorsão e corrupção. A extorsão acontecia de forma truculenta para cobrar dívidas feitas a partir do monopólio de Uemura. A reportagem tentou ouvir Rabello, mas a assessoria não respondeu à solicitação. O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil não atendeu as ligações.





Fonte: A Gazeta

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