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Diretor do hospital diz que dívida chega a R$ 10 milhões, mas governo não reconhece o valor e diz que está fazendo o encontro de contas
480 pessoas ficam sem atendimento
Unidade não faz procedimentos eletivos há 5 dias porque não tem como pagar médicos e fornecedores de insumos hospitalare
Pelos menos 480 atendimentos, sendo 80 cirurgias ortopédicas e 400 consultas, deixaram de ser realizados desde o início da paralisação dos médicos do Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, deflagrada na última sexta-feira.
Cerca de 150 profissionais que prestam serviços na unidade cruzaram os braços por causa de atrasos no pagamento dos salários. A organização social que assumiu a administração, por meio de contrato de terceirização assinado com Secretaria Estadual de Saúde(SES), reclama do atraso dos repasses e da falta de pagamento de serviços especializados complementares, assumidos posteriormente.
Pelas contas do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), a dívida acumulada pelo governo do Estado beira os R$ 10 milhões. Seriam dois repasses mensais atrasados e o não pagamento de cirurgias bariátricas e ortopédicas de alto curtos, que foram determinadas pela Justiça(com uso de próteses não cobertas pelo SUS), além da assistência a mais de 25 mulheres, que em 2012 contrariam uma infecção por mico-bactéria em uma clínica estética.
O diretor-clínico do hospital, Alberto Bicudo, disse que os atrasos impossibilitaram a quitação dos salários dos médicos e impedem a manutenção dos atendimentos. Conforme Bicudo, no caso das operações com uso de próteses que o SUS não oferece, todos os custos recairam sobre o hospital.
O mesmo se aplica às cirurgias de redução de estômago. O diretor diz que tinham mais como fazer novas cirurgias porque o hospital devia os fornecedores. “Se não recebemos, não temos como pagar”, completou.
O Metropolitano, conforme Alberto Bicudo, manteve normal o atendimento de urgência e emergência e as internações em UTI para pacientes com transferências reguladas pelo Sistema Único de Saúde(SUS).
Ele informou que ontem as negociações avançaram, com possibilidade de fechamento de acordo e retorno imediato do atendimento. A proposta do hospital é para que o governo(SES) quite o mês de maio até o final deste mês e pague os serviços prestados durante o mês de junho na data contratual, ou seja, 10 de julho.
Os “serviços extras”, cuja dívida aproximada dos R$ 5 milhões, também terá que ter garantia de pagamento. Se fechar esse acordo hoje, Bicudo diz que os médicos voltam ao trabalho imediatamente.
A SES informou, por meio da assessoria de imprensa, que está fazendo um “encontro de contas” com o hospital. A secretaria não reconhece os atrasos, tampouco o montante citado pela direção do Metropolitano.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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