Cérebro humano está no padrão dos primatas, diz estudo
A base do trabalho é uma contagem inédita de neurônios no cérebro humano. O número tradicionalmente citado na literatura é de 100 bilhões. Lent até usou isso como título de seu livro - Cem Bilhões de Neurônios, Conceitos Fundamentais da Neurociência, de 2001 -, mas depois descobriu que nunca havia sido feita uma contagem precisa. Resolveu, então, fazer uma, com a ajuda da colega Suzana Herculano-Houzel. A parceria deu origem a uma série de pesquisas publicadas nos últimos anos sobre os cérebros de roedores e primatas.
Outra surpresa foi o número de células gliais, um tipo de célula que dá suporte aos neurônios e pode estar envolvida também no processamento de informações. Os cientistas encontraram uma proporção de praticamente um para um. A pesquisa foi feita com quatro cérebros doados pelo Banco de Cérebros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os resultados do estudo, que foi tese de mestrado do aluno Frederico Azevedo, serão publicados na revista The Journal of Comparative Neurology. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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