Passatempos podem adiar perda de memória, diz estudo
Um estudo feito nos Estados Unidos afirma que ter um passatempo como ler livros, costurar, tricotar ou até se divertir com jogos de computador pode adiar a perda da memória associada à idade avançada.
Os pesquisadores da Clínica Mayo, do Estado de Minnesota, analisaram cerca de 200 pessoas entre 70 e 89 anos com leves problemas de memória e compararam estas pessoas com um grupo que não apresentava os sintomas.
Aqueles que, na meia idade, se ocuparam com leitura, jogos ou em hobbies como costura ou tricô, apresentaram 40% menos risco de ter o problema.
Anos depois, estas mesmas atividades reduziram o risco entre 30% e 50%.
"Este estudo é empolgante, pois demonstra que o envelhecimento não precisa ser um processo passivo", disse o autor do estudo e neurocientista Yonas Geda.
"Simplesmente ao fazer um exercício cognitivo você pode se proteger contra perda de memória no futuro", disse o pesquisador, salientando que mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas.
As conclusões da pesquisa serão apresentadas em uma reunião da Academia Americana de Neurologia neste ano.
Televisão
O estudo descobriu também que assistir televisão não conta como atividade para adiar a perda de memória. Na verdade, segundo o estudo, passar períodos longos em frente à televisão pode acelerar a perda de memória.
No grupo pesquisado pelos cientistas da Clínica Mayo, os que assistiram televisão por menos de sete horas por dia também mostraram uma probabilidade 50% menor de desenvolver perda de memória do que aqueles que passavam um tempo maior do que este.
Para Sarah Day, chefe de saúde pública da Sociedade Britânica de Alzheimer, existe uma grande necessidade de encontrar formas de evitar a demência.
"Exercitar e desafiar seu cérebro, ao aprender novas habilidades, fazer atividades como palavras cruzadas e até aprender um novo idioma, pode ser divertido."
"Mas é necessário fazer mais pesquisas, acompanhando as pessoas por mais tempo, para entender se estas atividades podem reduzir o risco de demência", disse.
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