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Internacional
Terça - 17 de Fevereiro de 2009 às 18:45

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O pacote de US$ 787 bilhões, aprovado na semana passada no Congresso, marca o "começo do fim" da crise no país, disse nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que promulgou o plano, que assim se torna lei.

"Começamos o trabalho difícil de manter o sonho americano vivo em nosso tempo, é para isso que estamos aqui hoje. O dia de hoje não marca o fim de nossos problemas, mas marca o começo do fim", disse Obama. Ele disse que a "estrada para a recuperação" do país "não será reta, exigirá coragem e um novo senso de resposabilidade, que tem feito falta de Wall Street a Washington".

O pacote, segundo o presidente, é "o início do que precisamos fazer para oferecer alívio a famílias que tem de pagar suas contas, pavimentando o caminho para o crescimento de longo prazo".

Obama disse ainda que o plano do governo para reverter a recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007 é "o mais amplo pacote de ajuda econômica de nosso tempo". "Com um pacote desse tamanho vem a responsabilidade de gastar bem o dinheiro que os contribuintes deram duro para ganhar", disse o presidente --que citou o site recovery.gov, para que os americanos possam acompanhar a evolução da aplicação dos recursos do pacote na recuperação da economia do país.

A Casa Branca divulgou hoje detalhes sobre a aplicação dos recursos do pacote de estímulo à economia, aprovado na semana passada no Congresso, com o valor de US$ 787 bilhões. A projeção do governo é criar ou preservar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, 90% dos quais no setor privado. Além disso, 40% do pacote --cerca de US$ 312 bilhões-- irão auxiliar diretamente famílias americanas de classe média.

A Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) e o Senado aprovaram a versão final do plano para recuperar a economia americana na sexta-feira, após longas negociações e mesmo com a resistência de parte considerável dos congressistas republicanos. No Senado, a medida foi aprovada com 60 votos, a quantidade exata para ser aprovado. Na Câmara, a aprovação ocorreu com 246 votos --uma margem adequada, mas ainda assim 183 deputados se opuseram.

O pacote prevê, entre outras medidas, US$ 116 bilhões em benefícios fiscais para 95% dos americanos, que devem chegar ao bolso do contribuinte na forma de descontos menores nos salários, em dois anos, ao invés de um pagamento feito através de cheques enviados pelo correio --como no caso do pacote de estímulo aprovado em fevereiro do ano passado, de US$ 168 bilhões, na gestão do então presidente george W. Bush.

Os cortes de impostos devem ser de até US$ 400 por contribuinte e de até US$ 800 por casal que fizer a declaração de impostos em conjunto, e será concedido em uma escala que varia conforme os ganhos do contribuinte. Por exemplo, para alguém que ganha US$ 40 mil, por exemplo, o benefício será de US$ 400; para alguém que ganha US$ 85 mil, o benefício fiscal deve ser de US$ 200; e para quem ganha US$ 95 mil, não há desconto de impostos.

A medida já havia sido aprovada pela Câmara no dia 28 do mês passado, mas apenas na terça-feira (10) o Senado a aprovou, mas com alterações: os deputados aprovaram o projeto com um valor de US$ 819 bilhões, enquanto os senadores elevaram a conta para US$ 838 bilhões.

Antes de chegar à Câmara, o valor estava em US$ 825 bilhões; ao sair de lá, ficou em US$ 819 bilhões. Até ser posto em votação no Senado, chegou a passar de US$ 900 bilhões; pouco antes de ser votado pelos senadores chegou a recuar para US$ 829 bilhões; finalmente, foi aprovado com o valor de US$ 838 bilhões. Até ser aprovado na sexta, o pacote estava em US$ 790 bilhões.





Fonte: Folha Online

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