Autuori soma aproveitamento abaixo de 50% nos últimos três trabalhos

Paulo Autuori começará os trabalhos no Atlético-MG já tendo que enfrentar um olhar crítico da torcida. O treinador foi contratado antes do Mundial, e o presidente Alexandre Kalil oficializou a chegada nesta sexta-feira. E a desconfiança dos fãs atleticanos tem fundamento, já que o técnico não conseguiu sucessos nos últimos trabalhos: seu rendimento por Grêmio, Vasco e São Paulo foi abaixo dos 50%.

 

Pelo Grêmio, em 2009, foram 36 jogos, com 13 vitórias, 11 empates e 12 derrotas, somando um aproveitamento de apenas 46%. Quatro anos depois, Autuori voltaria ao Brasil para treinar dois grandes clubes, novamente sem sucesso. Pelo Vasco, chegou com uma mentalidade de mudanças, mas o time continou sua fase de crise financeira e Autuori somou apenas quatro vitórias em 11 partidas, empatando duas e perdendo outras cinco. Resultado: 42,4% de rendimento.

 

Em junho deste ano, Autuori trocou o Vasco pelo São Paulo. Mas no Morumbi, os tempos de glória ficaram no passado. Foi o pior trabalho dos três: apenas duas vitórias em 14 jogos, luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro e 23,8% de aproveitamento dos pontos disputados.

 

O que chama a atenção em Paulo Autuori nos últimos três trabalhos é o desequilíbrio de seus times em relação ao aproveitamento como mandante e visitante - algo que foi a grande dificuldade do Atlético-MG desde que Cuca começou no clube, contando as temporadas 2012 e 2013. A perda do Brasileirão de 2012, por exemplo, se deu por derrotas fora de casa. Na campanha vitoriosa da Libertadores, o Atlético-MG passou sufoco visitando Newell"s Old Boys e Olimpia.

 

Já o treinador possui 23,48% de aproveitamento fora de casa, contando também sua passagem pelo Cruzeiro em 2007. São apenas cinco vitórias em 44 jogos, com 16 empates e 23 derrotas.

 

 

 

O grande mérito de Autuori para ser contratado pelo Atlético-MG é o bicampeonato da Libertadores que o treinador conquistou em sua longa carreira. Ele venceu as edições de 1997 e 2005, por Cruzeiro e São Paulo, respectivamente. Mas o problema é que o técnico não disputa a competição desde 2009, com o Grêmio. Além disso, seu rendimento pelo time gaúcho foi bem ruim na ocasião: nenhuma vitória em quatro jogos.