Prefeito de Chapada decreta emergência e contratará os serviços sem licitação
O prefeito de Chapada dos Guimarães, Flávio Daltro Filho (PP), decretou no último dia 02 estado de emergência alegando que o desaparecimento de documentos da gestão anterior de Gilberto Mello (PR) está prejudicando o desempenho da atual gestão. Segundo o decreto 10/2009, todos processos de despesas, contratos e pagamentos entre os 2005 e 2008 desapareceram da sede da prefeitura.
Flávio Daltro ainda aponta que o ex-prefeito Gilberto Mello, derrotado na disputa pela reeleição, apagou o banco de dados do município, bem como sumiu com documentos de 37 cartas-convites e 12 tomadas de preços efetuadas em 2008. "Todos os equipamentos que passaram por processo de exclusão de banco de dados foram formatados com a finalidade de dificultar a recuperação dos dados", argumenta.
Segundo o novo prefeito chapadense, a situação da saúde pública na cidade é caótica. Ele cita que a Vigilância Sanitária Estadual interditou em maio do ano passado a única unidade da cidade, que é o hospital Santo Antônio.
O decreto de emergência terá duração de 180, sem prorrogação. Neste período, o prefeito chapadense poderá contratar serviços públicos sem realização de procedimentos licitatórios.
Dívidas
Ainda conforme o decreto, a prefeitura de Chapada dos Guimarães acumula uma dívida de R$ 1,8 milhão com a Rede/Cemat pelo não-pagamento da energia elétrica usada para tratamento e fornecimento de água. Outro débito citado é que os profissionais contratados não receberam os salários dos meses de setembro e outubro. Outros profissionais também estão sem receber novembro e dezembro do ano passado.
Três ônibus destinados ao transporte escolar também foram apreendidos pela empresa fabricante, a Marcopolo. A prefeitura não pagou as prestações do contrato de arrendamento.
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