Economistas reduzem previsão de crescimento em 2009, diz BC
O agravamento da crise econômica levou os economistas ouvidos pelo Banco Central a reduzirem novamente a previsão de crescimento da economia brasileira para 2009.
De acordo com a pesquisa semanal Focus, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no período) deve ficar em 1,5%. O resultado está abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano. Para 2010, a previsão recuou de 3,8% para 3,6%.
Com a desaceleração da economia, os economistas passaram a prever também um corte maior na taxa básica de juros, que deve cair dos atuais 12,75% para 11,75% ao ano na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), no dia 11 de março.
Na última reunião, em janeiro, o Copom cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos, motivado pela desaceleração da economia verificada nos últimos meses.
Para o final do ano, a previsão para os juros caiu de 10,75% para 10,50% ao ano, o menor patamar da história do Copom.
Inflação
Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, caiu de 4,73% para 4,69% (2009) e ficou em 4,5% para 2010. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).
Para este ano, a expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) caiu de 4,63% para 4,57%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) passou de 4,24% para 4,25%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) recuou de 4,53% para 4,50%.
A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para 2010, caiu de R$ 2,29 para R$ 2,28.
Para o saldo da balança comercial, a previsão ficou em US$ 14 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 25 bilhões.
A estimativa de investimentos estrangeiros diretos subiu de US$ 22,5 bilhões para US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB subiu de 36,1% para 36,2%.
Comentários