Idosa com deficiência auditiva é encontrada espancada na rodoviária de Cuiabá

Uma senhora de aproximadamente 60 anos com deficiência auditiva foi encontrada no pátio da rodoviária de Cuiabá com sinais de espancamento. Na noite de ontem (11), uma equipe do programa Abordagem Solidária - que atende moradores de rua na capital - encontrou a idosa com ferimentos e hematomas espalhados pelo corpo.

Levada pela equipe do programa para registrar um boletim de ocorrência no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), localizado no bairro Verdão, os policiais de plantão se recusaram a atender a senhora porque não havia no Cisc nenhum profissional habilitado para conversar com idosa.

Procurada pela reportagem do site da TV Centro América a assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou o fato e ressaltou quea Diretoria Metropolitana da Polícia deve abrir um procedimento administrativo para apurar quais profissionais estavam no plantão de ontem e porque a idosa mesmo com problemas de comunicação não foi atendida. Já nesta quinta-feira, a assessoria de imprensa da polícia informou que um Boletim de Ocorrência sobre o espancamento da idosa foi lavrado na Delegacia de Defesa da Mulher e a vítima deve passar ainda hoje por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que planeja ainda para este ano a realização de uma capacitação básica para os profissionais da segurança pública do Estado em libras. As turmas devem ser formadas a partir da procura dos profissionais pelo curso. A Sejusp ainda ressaltou que nenhum servidor da segurança pública de Mato Grosso está capacitado com a habilidade de libras.

Neste momento, o programa abordagem solidária busca encontrar os familiares da idosa. Na manhã de hoje, a vítima esteve no Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente Auditivo (CEAADA) na tentativa com ajuda de intérpretes informar algo que ajude na localização dos familiares dela.

A reportagem do site da TV Centro América também entrou em contato com a diretora do CEAADA, Gláucia Carvalho. Ela informou que a idosa apenas escreveu um nome: Luíza e que não queria retornar para casa. Segundo a diretora, a idosa mostrou medo e teria dito por meio de sinais simples que iria ser espancada em casa.

Para a intérprete do órgão, a idosa ainda fez um desenho de um homem com óculos e bigode. A polícia cogita que esse seria o suspeito pelos espancamentos à idosa. Quem quiser prestar informação sobre o paradeiro dos familiares de Dª Luíza podem ligar no telefones: 191 ou (65) 3051-9803