Número de focos de ferrugem asiática aumenta na primeira semana de fevereiro
O número de focos de ferrugem asiática deu um salto em fevereiro, chegando a 53 nos primeiros dez dias do mês. De novembro de 2008, quando começou a segunda edição do Projeto Antiferrugem da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), até o dia 31 de janeiro de 2009 foram registrados 58 casos da doença no estado.
Os dados constam do relatório divulgado pela Aprosoja/MT e servem de alerta para a necessidade dos cuidados que devem ser tomados pelos produtores nas lavouras para não deixar a ferrugem se alastrar na safra 2008/2009.
De acordo com o gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, esse aumento considerável ocorreu primeiro em função das chuvas seqüenciais que caíram em algumas regiões do estado e assim favoreceram o aparecimento da ferrugem.
O presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, lembra que no ano passado as perdas causadas pela doença atingiram principalmente a soja dos ciclos médio e tardio. “A colheita aumenta a pressão do fungo da ferrugem, ou seja, existe maior probabilidade do fungo se espalhar porque está no ar”.
O gerente técnico aconselha o produtor a não descansar. “É necessário fazer o monitoramento da safra, acompanhar o sistema de alerta Antiferrugem, que está disponível no site da Aprosoja, e fazer a aplicação de fungicidas recomendada pelos profissionais da área”.
O número de amostras analisadas desde novembro do ano passado até o dia 10 de fevereiro chegou a 2.484. Campos de Júlio, Diamantino e Nova Xavantina são os municípios que lideram o envio de amostras de folha de soja, com 275, 255 e 246, respectivamente. “Em geral a participação dos produtores está muito boa, no acumulado do Projeto foram levadas em média 75 amostras por município para serem analisadas nos 17 mini-laboratórios da Aprosoja”, informa Ribas.
Outro dado relevante é que, neste ano, produtores de várias regiões têm enviado amostras para serem analisadas. Agora aparecem na lista os municípios de Água Boa, Barra do Garças, Chapada dos Guimarães, General Carneiro, Ipiranga do Norte, Itaúba, Itiquira, Novo São Joaquim, Paranatinga, Porto dos Gaúchos, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Santo Antônio do Leste, Tesouro, Vera, Tabaporã e Planalto da Serra .
“Quanto mais houver participação e mobilização dos produtores de soja, mais fácil será prevenir o avanço da ferrugem em Mato Grosso e também fazer o controle nas regiões onde o fungo se manifestar”, explica o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira.
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