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Saúde
Quarta - 11 de Fevereiro de 2009 às 17:22

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A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) divulga os dados atualizados da Dengue referentes a primeira semana de Fevereiro de 2009. Foram notificados, de 1º de Janeiro a 09 de Fevereiro, 671 casos de dengue. O número representa uma redução de 58.2% em comparação ao ano de 2008 quando foram registrados, no mesmo período, 1.609 casos da doença.

Os 07 casos graves de Dengue registrados foram: 03 no município de Cuiabá, capital do Estado, 02 no município de Rosário Oeste (128 quilômetros ao Norte da Capital), 01 no município de Tangará da Serra (239 quilômetros de Cuiabá, na região Médio Norte) e 01 no município de Várzea Grande (05 quilômetros ao Norte da Capital).

Destes 07 casos, evoluíram para a cura: 01 caso em Cuiabá, 02 casos em Rosário Oeste e um caso em Várzea Grande. Em Tangará da Serra, o caso de um homem de 31 anos foi a óbito e está sob investigação. Em Cuiabá, 02 casos suspeitos de Dengue estão internados, em tratamento, e sob investigação.

O Estado de Mato Grosso continua em alerta e monitorando principalmente os casos mais graves da dengue, orientando os municípios a executar os protocolos e procedimentos propostos pelo Ministério da Saúde no enfrentamento à doença.

O coordenador da Vigilância Ambiental da SES, Oberdan Ferreira Coutinho Lira esclarece que para a utilização do Ultra Baixa Volume (UBV), popularmente conhecido como fumacê, devem ser obedecidos alguns critérios de avaliação.

Primeiramente, após a solicitação oficial do município, a equipe da Vigilância Estadual vai ao município verificar se foram obedecidos os requisitos essenciais para a prevenção da dengue. É verificado se foi feita uma mobilização efetiva da população, associada a limpeza urbana para eliminação dos possíveis criadouros, se existe uma coleta regular dos lixos urbanos, o funcionamento do abastecimento de água e se a equipe de Saúde Ambiental, fez o controle químico correto.

“Verificados todos os passos, se o município não realizou todas ou alguns dos requisitos, só então é decidida a utilização do fumace. O UBV é a última ferramenta de trabalho no combate a dengue”. Oberdan salienta ainda que, o número de casos não é decisivo para utilização do UBV. Além do mais, o custo e benefício em relação a questão da prevenção é muito baixo.

O segredo, conforme afirma Oberdan Lira, é não deixar o mosquito nascer, ou seja, a eliminação dos possíveis criadouros. No caso do uso do fumacê o coordenador comenta que “além dos efeitos serem temporários, a toxicidade é alta, além da manifestação de outros problemas para a população, como alergias, problemas respiratórios, irritação nos olhos, entre outros”.

SINTOMAS – A Dengue é uma doença viral cujos sintomas começam a aparecer após incubação de 3 a 15 dias após a picada do mosquito infectado com o vírus. Após o aparecimento dos sintomas a doença tem duração aproximada de cinco a sete dias.

Os sintomas gerais da Dengue são: febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos que piora com o movimento deles, perda ou diminuição do apetite, náuseas e vômitos, extremo cansaço, fraqueza, manchas e erupções na pele semelhantes a sarampo, principalmente no tórax e membros, dores musculares, nos ossos e articulações.

Nem todos os sintomas se manifestam, ao mesmo tempo, num paciente e nem sempre todos eles ocorrem em uma mesma pessoa. Sendo assim, como estes sintomas podem ocorrer em outras doenças também, ao surgirem qualquer um deles, o paciente deve procurar uma Unidade de Saúde para ser examinado pelo médico que fará o diagnóstico, dará orientações sobre a doença, e os sinais de gravidade, e prescreverá o tratamento adequado para a fase da doença em que o paciente se encontra. Mesmo a Dengue grave tem início igual ao da Dengue clássica.

Os sintomas que indicam a ocorrência de formas graves da Dengue podem se manifestar e agravar levando o paciente a óbito em menos de 24 horas. Habitualmente esses sintomas surgem quando tem início a queda da temperatura ou o desaparecimento da febre, acompanhados de dores abdominais de forte intensidade e contínuas, vômitos persistentes, pele fria, sangramento pelo nariz, boca, intestinos e estômago, sonolência, agitação, boca seca, confusão mental, dificuldade para respirar, perda de consciência, insuficiência circulatória e choque.

:CONTROLE DA DENGUE – Não existe vacina nem qualquer medicamento específico para tratar a dengue. Para o controle e diminuição dos casos e para evitar os óbitos por dengue é imprescindível o diagnóstico precoce, o reconhecimento dos sinais de alerta de que a doença está evoluindo para uma forma grave e a identificação dos casos suspeitos de febre hemorrágica da dengue e da Síndrome do Choque da Dengue, bem como o tratamento adequado e oportuno da doença.

Oberdan Lira disse que “é sempre bom lembrar a importância da participação da população em ações básicas de prevenção como manter a caixa d’água, tonéis e barris ou outros recipientes que armazenam água, totalmente tampados e limpos na sua parte interna (lavados com escova e sabão semanalmente) removendo tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas e não deixar a água da chuva acumular sobre as lajes”.

Outras ações recomendadas são: Encher de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de plantas. Se não tiver colocado areia no pratinho da planta, lavar a mesmo com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana, fazendo o mesmo com vasos de plantas aquáticas. Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como potes, latas e garrafas vazias. Colocar o lixo em sacos plásticos, fechar bem esses sacos e deixá-los foram do alcance de animais. Manter lixeiras bem fechadas.





Fonte: Olhar Direto

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