Colheita da soja chega a 10% em Mato Grosso com negócios a passos lentos

A colheita de soja em Mato Grosso aproximou-se, semana passada, dos 10%, nas área onde foram cultivadas variedades de ciclo precoce. Conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola, a região Oeste destaca-se com 14,6% atingidos. Na vice-liderança está a Médio-Norte, onde 12,9% foram computados. Já no Centro-Sul, 10%, e, no Sudeste, 4,9%.

O Imea calcula que a evolução até o final da semana foi de 4,2% sobre a área total, ou seja, pouco mais de 234 mil hectares. “O acréscimo só não foi maior devido às precipitações que se intensificaram”, destaca o instituto. Em Sorriso, máquinas já avançaram sobre 19% da área, e, em Sapezal, outros 20%.

Tratando da produtividade, o instituto destaca que produtores têm verificado oscilações desde 42 a sacas por hectare. Ainda assim, os rendimentos estariam abaixo dos obtidos na safra anterior.

O Imea projeta uma produtividade de 50,75 sacas por hectare, contra 52,47 da safra passada. A queda seria motivada pela redução de fertilizantes pelos agricultores mato-grossenses. Ainda, a variação climática do mês passado, impedindo a formação dos grãos também afetou a oleaginosa.

Quanto aos negócios, continuam lentos devido à fase de cumprir contratos. No Oeste, poucos foram fechados porque o produtor espera reação dos preços. O valor máximo registrado foi para Sapezal, onde a saca chegou a R$ 39,20. No Centro-Sul, produtores mostram-se cautelosos. O preço da saca chegou a R$ 37,50 em Diamantino.

No Médio-Norte, mesmo com alguns negócios fechados para entrega futura, produtores também esperam por melhores patamares. Em Nova Mutum os preços chegaram a R$ 37,80.

No Nordeste, R$ 38,50 para Canarana. No Sudeste, negócios estão sendo proporcionados, porém, poucos e em quantidades reduzidas. A saca atingiu, semana passada, R$ 39,80 em Primavera do Leste.