Operação Força Verde é desencadeada pela Polícia Militar
Policiais Militares do Núcleo Ambiental do 9º Batalhão, Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), além do Juizado Volante Ambiental (Juvam), deram início na manhã de hoje (06.02) a operação ‘Força Verde’. Quatro equipes de fiscalização percorreram trechos do rio Cuiabá, da capital até a cidade de Barão de Melgaço, no intento de flagrar a pesca e também o tráfico de animais. São mais de 300 quilômetros a serem fiscalizados. A ação somente será encerrada na manhã de segunda-feira (9).
Às 5h de hoje, os policiais e fiscais da Sema participaram de uma reunião na regional Sul da prefeitura de Cuiabá, onde receberam as últimas instruções para a ação. Da reunião participaram o comandante do 9º BPM, tenente coronel Antônio Mário Ibanez, o capitão José Carlos, do Núcleo Ambiental, e o coordenador de fiscalização e pesca da Sema, Marcelo Cardoso.
De lá, seguiram até a avenida Beira Rio, onde deram início aos trabalhos. A operação Força Verde é realizada em via terrestre e fluvial (com quatro barcos). Já nas duas primeiras horas da ação os policiais que percorriam bairros ribeirinhos da capital mato-grossense apreenderam seis tarrafas em uma casa no bairro Novo Terceiro. Os policiais suspeitaram que no local havia pescado e solicitaram um mandado de busca e apreensão ao Juvam que viabilizou, em tempo célere, o documento. A equipe do Ciopaer também dará suporte a ação identificando destruidores do meio ambiente e indicando o local por meio de GPS. No rio foram realizadas dezenas de abordagens e espinhéis foram encontrados.
“Além do trabalho repressivo, atuamos em outra frente, a preventiva. O fato de não encontrarmos, mais tantos, pescadores em situação irregular, significa que as ações surtiram efeito”. A afirmação é do tenente coronel Antônio Mário. O coordenador de fiscalização da Sema, Marcelo Cardoso, participou ativamente da ação. Ele informou que neste ano mais de 500 redes já foram apreendidas. Segundo ele, cada uma delas representa 15 dias a menos de ‘trabalho’ dos pescadores que não respeitam o período de desova dos peixes, a Piracema.
“Em média esse é o prazo para que elas sejam confeccionadas. É um trabalho minucioso e caro. Uma rede, custa em média R$ 2 mil. É muito importante a apreensão de cada uma delas, evitamos a morte do peixe”. Ele explicou ainda que a apreensão da rede não gera multa ou mesmo prisão já que o crime ainda não foi consumado (isso quando o pescado não é apreendido na rede).
Números - Cardoso estima que cerca de 5 toneladas de pescado já tenha sido apreendido desde o início da Piracema. Somando os dados do Núcleo Ambiental do 9º BPM esse montante sobe para seis toneladas.
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