Violência avança e destrói a imagem do Estado
Dados da polícia revelam que nos primeiros 35 dias deste ano nada menos que 34 pessoas foram assassinadas somente em Cuiabá e Várzea Grande. Esses números elevam as estatísticas e colocam Mato Grosso na relação dos Estados mais violentos do país. O governo Blairo Maggi tem fincado na pasta da Justiça e Segurança Pública, sob o delegado federal licenciado Diógenes Curado, uma das maiores problemáticas da administração.
A crise só não "explodiu" no setor porque quase todos os deputados, que ganham quase R$ 20 mil mensais, não exercem o papel de fiscalizar os atos do Executivo, ignoram os grandes temas e se omitem nas cobranças. Percebe-se também temor em confronto um secretário que pertence ao quadro da Polícia Federal. Na gestão Carlos Brito, por exemplo, a cobrança e críticas eram maiores.
A reclamação sobre insegurança não se concentra somente na Grande Cuiabá. O interior do Estado também pede socorro, principalmente em relação à onda de roubos e assaltos. Nos últimos três anos, a média tem sido de uma execução a cada 25 horas na capital. Foram 988 assassinatos entre 2006 e 2007, a maioria em Cuiabá. No ano passado chegou a 340 homicídios, sendo 211 na capital e 129 em Várzea Grande.
Há clamor por segurança. As autoridades buscam argumentos diante de um aparelho policial falho, ultrapassado, desestruturado e burocrático, enfim, incompetente. Os criminosos que deveriam estar em prisões andam livremente pelas ruas, enquanto a sociedade se vê obrigada a trancar as portas de casa. A população se sente cada vez mais insegura diante dos homicídios, latrocínios, estupros, assaltos, roubos, furtos e outros crimes. O que antes não se imaginava, como por exemplo, comerciante colocar grades nas portas e atender clientes por uma pequena abertura, uma forma de dificultar assaltos, virou cena corriqueira.
É necessária adoção de medidas emergenciais. A presença de mais policiais nas ruas, aumento do número de viaturas, de equipamentos de segurança, de qualificação, de construção de novos presídios e de centros de recuperação para menores infratores deveriam ser prioridades.
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