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Economia
Quarta - 04 de Fevereiro de 2009 às 14:20
Por: Eduardo Cucolo/Lorenna Rodrigu

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o governo pode utilizar parte do dinheiro do Fundo Soberano para ajudar a estimular os investimentos neste ano e minimizar os efeitos da crise financeira internacional.

No ano passado, o governo fez uma economia de R$ 14,2 bilhões que foi direcionada para o Fundo. O objetivo é utilizar esse dinheiro em momento de crise ou, nas palavras do ministro, de "vacas magras".

"Se 2009 for um ano de vacas magras, e elas serão pelo menos mais esbeltas que no ano passado, podemos vir a utilizar o Fundo Soberano", afirmou o ministro.

Mantega lembrou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já recebeu um reforço de caixa "de fazer inveja até ao Banco Mundial" e conta com um orçamento de mais de R$ 150 bilhões para emprestar neste ano.

Além disso, o governo aumentou em R$ 142 bilhões os investimentos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) até 2010.

Por isso, Mantega não acredita que o país entrará em recessão no início deste ano.

"O PIB será menor no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, mas será semelhante ao do último trimestre de 2008", afirmou.

"Vamos perseguir o máximo de crescimento, que talvez seja 4%. Não vou dizer que vamos acertar na mosca."

PAC

O governo divulgou hoje o balanço do PAC e aumentou em R$ 142 bilhões o montante previsto para as obras até 2010. Para o período pós 2010, foram acrescentadas obras que somam 313 bilhões. Com isso, o programa soma agora R$ 1,14 trilhão, R$ 455 bilhões a mais do que o previsto no lançamento, há dois anos.

No inicio, a previsão era de gastar R$ 503,9 bilhões entre 2007 e 2010 e R$ 189 bilhões a partir de 2010. Agora, os gastos serão de R$ 646 bilhões e R$ 502 bilhões, respectivamente.

O objetivo do governo é estimular a economia do país durante a crise. Entre os principais projetos do novo aporte está o crédito para a Petrobras explorar petróleo na camada do pré-sal.

Até agora, o governo federal gastou apenas 60,32% do previsto no Orçamento da União para obras do PAC. No ano passado, foram efetivamente pagos R$ 11,4 bilhões por obras do programa, sendo que a dotação era de 18,9 bilhões. O valor empenhado (reservado para pagamento) em 2008 chega a R$ 17 bilhões.

Ainda assim, o total gasto é 55% maior do que o de 2007, quando o governo pagou efetivamente R$ 7,3 bilhões. Desde o lançamento do programa, foram pagos R$ 18,7 bilhões e empenhados R$ 33 bilhões.





Fonte: Folha Online

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