MPE denuncia PMs suspeitos de tortura e violação de domicílio
Após denunciaram os fatos ao Ministério Público Estadual um dos torturados, no dia 27 de janeiro de 2009, foi vítima de tentativa de homicídio. A vítima foi interceptada por uma motocicleta, com dois ocupantes e foi alvejada pelos disparos, um na região das costas e outro no braço direito.
Segundo narrado pelos ofendidos aos promotores de Justiça, o atentado contra uma das vítimas teria sido cometido como forma de represália em razão de delação dos policiais ao Ministério Público Estadual, dos crimes praticados nos dias 04 e 05 de janeiro de 2009. A polícia ainda investiga a suspeita de retaliação, que até o momento não foi confirmada.
Além da denúncia, o Ministério Público requisitou também a instauração de inquérito policial, para apurar a tentativa de homicídio e encaminhou os rapazes para o programa de proteção à testemunha.
Segundo narra a denúncia do Ministério Público Estadual, no dia 04 de janeiro de 2009, por volta das 23h30min e nas primeiras horas do dia 05 de janeiro, em diversos locais da Capital (Bairros CPA I, CPA III, Itamaraty e na "Ponte de Ferro"), conforme a investigação os policiais militares teriam constrangido as vítimas, com emprego de violência e grave ameaça, causando-lhes sofrimento físico e mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão sobre onde estava uma arma utilizada, em tese, para a prática de uma tentativa de homicídio não elucidada.
Em um dos momentos das agressões, na noite do dia 04 de janeiro, por voltas 23h, três vítimas estavam indo para casa, em trânsito na Avenida Brasil, na região do bairro CPA I, em um veículo GM/Corsa quando foram abordados por uma viatura (placas NIY 7640) da Polícia Militar, conduzida pelos denunciados, os quais revistaram os três rapazes e disseram que estavam procurando uma arma.
Como não encontraram nada, teriam aplicado murros, socos e chutes. Levaram os jovens para a estrada da "Ponte de Ferro", num terreno baldio, onde também ocorreram espancamentos, segundo relato das vítimas. Jatos de spray de pimenta foram aplicados no ouvido de um dos jovens, que estava algemado. O objtivo dos policiais era localizar uma arma que teria sido usada para disparar um tiro na Avenida Tancredo Neves, fato desconhecido pela vítima. Os jovens afirmaram ao Ministério Público que também sofreram choque com uma arma chamada de "tayzer". Além dessas denúncias, as vítimas também afirmaram que tiveram as residências invadidas, provocando pânico sob grave ameaça.
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