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Italiano que marcou no Brasil desabafa: "não me queriam na seleção"
Sem ser uma unanimidade na Juventus, Emanuele Giaccherini chegou à seleção italiana também sob desconfiança, mas já é um dos destaques do país na Copa das Confederações. Autor de um gol na derrota por 4 a 2 sobre o Brasil, no último sábado, na Arena Fonte Nova, o meia aproveitou a ocasião para fazer um desabafo.
"Tinha gente que não queria Giaccherini na seleção", disse, ao ser questionado sobre o bom rendimento mostrado no Brasil. A princípio reserva da equipe, ele ganhou a posição após se mostrar bem fisicamente e marcar no empate por 2 a 2 com o Haiti, em amistoso disputado no Estádio São Januário em 11 de junho. Logo depois, estreou na Copa das Confederações dando um toque por elevação para o gol de Mario Balotelli, na vitória por 2 a 1 sobre o México, no Maracanã.
No último sábado, Balotelli retribuiu o presente e deu um passe de calcanhar, de primeira e por cima da zaga brasileira, para Giaccherini empatar a partida por 1 a 1. Os dois gols feitos por Fred e o outro de Neymar recolocariam o Brasil em vantagem, mas não apagariam "a belíssima emoção" sentida pelo meia italiano na Fonte Nova lotada por 48.874 torcedores.
"A atmosfera estava extraordinária. Foi verdadeiramente uma belíssima partida", afirmou Giaccherini, comentando ainda sobre a dupla que vem formando com Balotelli: "encontramo-nos bem, então vamos trabalhar para continuar assim".
A parceria de sucesso, no entanto, não vai se repetir na próxima quinta, quando a Itália enfrenta a Espanha pela semifinal da Copa das Confederações, no Estádio Castelão. A delegação azul chegou a Fortaleza na tarde deste domingo preocupada com as condições físicas de Balotelli. Segundo o médico Enrico Castellacci, o centroavante "apresenta dores no músculo quadríceps da perna esquerda". Ele passou por exames e será desfalque na partida.
Sem Balotelli, Alberto Gilardino deve ser o substituto natural. E a aposta de jogadas ofensivas passaria ainda mais por Giaccherini, o baixinho de 1,67 m que mesmo sem ser titular absoluto do clube estreou pela seleção aos 26 anos, em janeiro de 2012, sob o comando de Cesare Prandelli.
Desde então, virou talismã de Prandelli graças a versatilidade, podendo jogar como ala esquerdo, volante, meia direita, meia esquerda e atacante. Ele é também um dos preferidos do técnico Alberto Conte, da Juventus, que em 2011 elogiou o pupilo da seguinte forma: "se em vez de Giaccherini se chamasse Giaccherinho todo mundo falaria de um fenômeno".
Com ou sem apelido, Giaccherini vem conquistando espaço na seleção, mas mantém os pés no chão. Logo após o desabafo, o meia de frases curtas voltou ao discurso padrão. O foco é o duelo contra a Espanha: "tinha gente que não queria Giaccherini na seleção. Digamos que estou contente, mas devemos olhar para frente, para a semifinal. Procuraremos preparar essa partida do melhor modo, temos todo o tempo para nos preparamos".
Fonte:
Terra
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