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Economia
Sexta - 30 de Janeiro de 2009 às 09:06

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Após uma disputa acirrada com a Neoenergia e a Cemig, a Camargo Corrêa exerceu seu direito de preferência e assinou ontem a compra da participação de 14,3% da Votorantim na CPFL. A Camargo Corrêa vai desembolsar R$ 2,67 bilhões, valor bem acima do que vinha sendo estimado pelo mercado - de algo em torno de R$ 2 bilhões. O preço por ação ultrapassa R$ 43, enquanto ontem, na Bovespa, a ação ordinária (com direito a voto) da CPFL estava cotada em pouco mais de R$ 30.

Com a compra da fatia da Votorantim, a Camargo Corrêa passa a deter 28,6% do capital da CPFL. A Camargo já faz parte do bloco de controle da CPFL, que conta ainda com a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, com 31,1% do capital, e de outros fundos de pensão que, juntos, detêm 12,7% das ações. A holding CPFL atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. Em 2007, teve receita operacional bruta de R$ 14,2 bilhões e lucro líquido de R$ 1,6 bilhão.

Camargo Corrêa e Votorantim entraram na CPFL em novembro de 1997, no leilão de privatização da empresa. Junto com o Banco Bradesco, as duas empresas criaram a holding VBC Energia e se uniram aos fundos de pensão para disputar a companhia. Há dois anos, o Bradesco saiu da VBC e do bloco de controle da empresa. A Votorantim, por sua vez, já vinha ensaiando a sua saída há algum tempo - as negociações se arrastaram por cerca de um ano.

Segundo fontes, a Camargo Corrêa acabou pagando mais do que esperava para exercer seu direito de preferência nas ações da Votorantim porque teria restrições aos potenciais candidatos à compra: a Cemig e a Neoenergia - dona de empresas como a distribuidora Coelba, da Bahia, e Cosern, do Rio Grande do Norte. No caso da Neoenergia, a explicação poderia ser o fato de que um dos grandes acionistas da empresa é a própria Previ. E o fundo de pensão poderia ter seu poder aumentado na CPFL com a eventual aquisição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





Fonte: AE

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