Palmeiras faz cinco gols no Real Potosí pela pré-Libertadores
Se a ideia era conseguir conforto para o próximo jogo, a quase 4.000 metros de altitude, a missão do Palmeiras foi bem cumprida na sua primeira partida da Taça Libertadores. Contando com o apoio de mais de 23 mil torcedores na noite desta quinta-feira, no Palestra Itália, o time do técnico Vanderlei Luxemburgo não teve dificuldades para vencer o Real Potosí por 5 a 1 e conseguir uma boa vantagem para o jogo de volta.
Keirrison foi mais uma vez o maior destaque da partida, com dois gols e bom desempenho em campo. A goleida foi construída também com a ajuda de Diego Souza, um golaço de Cleiton Xavier e Edmílson, que fechou a goleada palmeirense.
Com a vitória elástica, o Palmeiras só deixa de avançar à segunda fase do torneio continental se perder por 4 a 0 na próxima quarta-feira, em Potosí. Nesta partida, o principal adversário do time palmeirense será mesmo a altitude, visto que o time boliviano é bem fraco.
Antes disso, uma espécie de time misto do Palmeiras enfrenta a Ponte Preta, em Campinas, pelo Campeonato Paulista.
Com o apoio dos torcedores, o Palmeiras não demorou para começar se impor. Logo aos 3 minutos iniciais, Keirrison aproveitou bom cruzamento da direita feito por Cleiton Xavier e abriu o placar para o Verdão. No seu quarto gol pelo Verdão no ano, o novo xodó da torcida arrancou aplausos dos jogadores que estavam no banco de reservas e do goleiro Marcos, solitário na comemoração alviverde.
Os palmeirenses não tinham dificuldades para penetrar na área boliviano. Aproveitando o time leve e veloz, a equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo voou em campo, principalmente quando a bola parava nos pés do meia-atacante Willians. E foi justamente o camisa 8 que sofreu o pênalti, convertido desta vez com perfeição por Keirrison –ele perdeu uma penalidade na partida da última terça-feira, contra o Marília, pelo Campeonato Paulista.
Mas aquele que parecia um prenuncio de goleada ganhou, em alguns minutos, contornos de atenção. Pierre salvou a primeira investida do Real Potosí, ao livrar o Palmeiras, em cima da linha, de levar um gol. No prosseguimento da jogada, no entanto, Marcos saiu mal do gol para cortar um cruzamento da direita e a zaga alviverde se atrapalhou. Livre, o zagueiro Rodríguez não teve muito trabalho para diminuir o placar para 2 a 1, aos 22 minutos.
O princípio de bobeira do time logo deu lugar a um novo domínio do jogo, principalmente por causa do canto da torcida. Na base do abafa, o Palmeiras voltou a pressionar e teria chegado ao terceiro gol com Keirrison se o árbitro uruguaio Roberto Silvera não tivesse assinalado um impedimento erroneamente.
Insistindo principalmente pelo lado esquerdo do ataque, onde Willians caia com facilidade, o Palmeiras conseguiu cavar um escanteio que deu origem ao terceiro gol da equipe no Palestra Itália. Aos 39 minutos, a cobrança de Cleiton Xavier foi certeira na cabeça de Diego Souza, que completou para o fundo das redes do goleiro brasileiro Mauro Machado: 3 a 1.
Verdão avassalador
Na segunda etapa, o Palmeiras voltou com a mesma pegada. O Real Potosí, por sua vez, seguiu perdido em campo. E não levou muito tempo para ser envolvido pelo time brasileiro mais uma vez e ver sua rede balançar novamente.
Solto em campo, o time de Luxemburgo passou a atirar contra a meta de Mauro Machado de todas as formas. Mas a mais eficiente foi a de Cleiton Xavier. Em um lindo chute de fora da área, o camisa 10 do Verdão acertou o gol e marcou 4 a 1 para o Palmeiras.
Willians teve a chance de ampliar quando, livre de marcação, chutou para fora o cruzamento que recebeu de Diego Souza.
Com um placar elástico, Luxemburgo começou o processo de renovação da equipe, na tentativa de poupar alguns atletas e preparar o time para a partida contra a Ponte Preta, pelo Paulistão, em Campinas. Sem Diego Souza, Pierre e Willians, fez praticamente uma reprise do Palmeiras que atuou contra o Marília. E deu ritmo a jogadores como Lenny, Jumar e Evandro.
Nas poucas vezes em que tentou chegar no gol de Marcos, os bolivianos do Real Potosí, usando na maioria das vezes o bom toque de Correa, parava na zaga palmeirense. Durante a segunda etapa, não foi raro ver o camisa 12 do Verdão fazendo polichinelo para se aquecer na intermediária do campo palmeirense.
Às vezes, o aquecimento de Marcos para praticar alguma defesa se mostrava em vão. Mas não que o goleiro tivesse cometido nova falha. A falta de intimidade com a bola de alguns atletas do time boliviano era nítida. Em um lance bizarro, por exemplo, Galindo cobrou o escantei para a linha de fundo, antes de a bola chegar na trave do Verdão.
Ainda houve tempo para o zagueiro Edmílson, recém-contratado pela equipe, deixar a sua marca. Com uma bela cabeçada, o camisa 3 do Verdão fechou a conta em 5 a 1 para o time brasileiro enfrentar a altitude na próxima semana.
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