André Puccinelli e Yuri Bastos... Os pernas-de-pau na Copa
A escolha das cidades sedes para a copa do mundo de futebol de 2014 tem causado um rebuliço e acirrado os ânimos das autoridades de Mato Grosso e Mato Grosso do sul.
Em recente entrevista, o governador do estado vizinho, André Puccinelli, sujeito xucro e deselegante, resolveu partir para o ataque visando ganhar a vaga no grito.
Na verdade, o que André Puccinelli está fazendo é fumaça para encobrir o fato de não ter feito a lição de casa. Estive em Campo Grande em dezembro e não havia projeto algum visando apresentar o Estado como sede. Lá havia apenas um esboço em um papel e a mobilização tinha sido zero, tanto por parte do Nelsinho Trad, prefeito da cidade, quanto por parte do governador falastrão.
Ele, entre o festival de impropérios, alegou que Blairo Maggi não está alinhado com o prefeito de Cuiabá, o que não desabona em nada Cuiabá, pois o governador aqui fez a lição de casa. Vem articulando. Inclusive trouxe o Ricardo Teixeira a Cuiabá, montou equipe para cuidar do projeto. Já o André, com todo o alinhamento que tem com o prefeito de Campo Grande, não conseguiu fazer nada. Até agora só esperneou e fez barulho e agora de ultima hora contratou um marqueteiro para tentar vender vento para a CBF.
Até então o governador Blairo Maggi estava de vítima no processo, até que a mente brilhante do Yuri Bastos resolve entrar no jogo do desembestado governador vizinho, tentando melhorar. Segundo o site Odocumento, fez pior do que o André. Ao invés de deixar o governador falando sozinho, resolve dizer uma frase de efeito, e que efeito..., simplesmente detonou a população de Mato Grosso do Sul, tachando-a de "sem graça", acrescentando que os cuiabanos são muito mais calorosos.
Que o povo cuiabano é caloroso todo mundo sabe, bastava dizer isso. O que agrega ao projeto de Cuiabá detonar os irmãos vizinhos? Inclusive alguém tem que informar ao Yuri que boa parte daquela população é composta de cuiabanos, cacerenses, rondonopolitanos, enfim, mato-grossenses que até bem pouco tempo faziam parte de um mesmo estado.
Infeliz é o mínimo que posso dizer, aliás, vai ser infeliz assim lá na China. Desde que Yuri entrou nesta secretaria, ele da uma bola fora atrás da outra. Primeiro aconselhou um grupo de turista a não visitar o Pantanal por causa dos mosquitos. Depois arrumou uma confusão dos diabos num evento com os índios por causa do sumiço de um edredom de uma funcionária. Eu estou começando a achar que o governador jogou pedra na cruz porque é cada casca de banana jogada por quem deveria retirá-las do caminho. É o projeto Blairo levando fogo amigo a cada dia, será que o secretário não imagina que uma frase infeliz desta pode ser usada amanhã ou depois por adversários numa eventual candidatura do Blairo em nível nacional como vice-presidente, por exemplo?
Os atos e palavras de um secretário refletem diretamente na imagem do governador. Vai ficar bonito para o Blairo ir pedir voto em um comício lá na Fernando Correa, em Campo Grande.
Até entendo. O secretário deve ter se irritado com o governador vizinho, mas irritação é um luxo que um homem público não pode ter. Com o André Puccineli, o tratamento tem que ser o mesmo que o cocheiro da aos cães que ladram enquanto a carruagem passa. É um governador arrogante, que gosta de humilhar, de adversários aliados. Aliás ele faz disso o seu marketing.
Quem vai ganhar a parada ainda não sei, mas uma coisa é certa: o título de perna-de-pau desta Copa ninguém vai conseguir tirar destes dois. São insuperáveis.
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