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Internacional
Terça - 27 de Janeiro de 2009 às 10:01
Por: Simone Iglesias

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O novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou ontem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o convidou para uma reunião de trabalho em Washington em março, quando o brasileiro irá a Nova York para participar de um seminário internacional sobre biocombustíveis.

Lula também convidou Obama para vir ao Brasil e sugeriu um encontro em abril. Mas o presidente americano disse que terá compromissos e se dispôs a conhecer o país no verão americano, entre julho e setembro deste ano. Esta foi a primeira conversa entre os dois chefes de Estado desde a posse de Obama, há uma semana.

Na pauta do encontro, segundo o governo brasileiro, estão as relações dos Estados Unidos com a América Latina, políticas voltadas para a África e a necessidade de se fortalecer o G20.

Obama disse, em telefonema que durou cerca de 25 minutos, que tem apreço pelas relações entre os dois países e quer trabalhar em conjunto pela paz e pela estabilidade na América Latina e ampliar as relações econômicas bilaterais. Cerca de 15% das exportações brasileiras são para os EUA, maior parceiro comercial do país.

Sobre a crise econômica mundial, para a qual o brasileiro tem constantemente cobrado medidas do novo colega, o americano disse que é necessário fortalecer o comércio e afirmou ser favorável à conclusão da Rodada Doha pela liberalização do comércio -na qual a posição americana pró-subsídios tem sido um entrave.

Lula disse a Obama que sua eleição poderá contribuir para uma imagem melhor dos países em relação aos EUA, especialmente na América Latina. "A sua eleição transcende os Estados Unidos", disse Lula a Obama, segundo relato do porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach. O presidente brasileiro parabenizou o discurso da posse e fez menção ao trecho em que Obama se comprometeu a cuidar dos mais pobres.

Obama disse a Lula que instruiu sua equipe econômica a "aproximar" posições com o Brasil para a reunião do G20, que ocorrerá em abril, em Londres, e afirmou que o país vem fazendo trabalho relevante relacionado a biocombustíveis e que tem interesse em aprofundar discussão do tema.

Apesar de Lula insistir no fim do embargo dos EUA a Cuba, ontem ele não tratou do assunto. "Foi uma conversa introdutória", disse Baumbach.





Fonte: Folha de S.Paulo

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