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Agronegócios
Segunda - 26 de Janeiro de 2009 às 15:48

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A comercialização da safra 2008/09 de soja de Mato Grosso avançou nove pontos percentuais desde meados de dezembro, para 38,2% da produção estimada no Estado, o maior produtor nacional da oleaginosa, apontou nesta segunda-feira o Imea (Instituto de Economia Agrícola), confirmando informações de corretores.

As condições mais favoráveis de mercado em janeiro, além de uma maior necessidade de compradores, que começaram a temporada 08/09 com poucos negócios realizados, permitiram o avanço da comercialização, segundo o órgão ligado aos produtores de Mato Grosso.

Também colabora o fato de a colheita em Mato Grosso estar começando a ganhar ritmo - até sexta-feira -, 3,1% da safra estimada em cerca de 17 milhões de t havia sido colhida.

"Foi uma conjunção de fatores, saiu mais de 1,5 milhão de t (desde meados de dezembro), foi bastante coisa", disse o superintendente do Imea, Seneri Paludo, admitindo que os preços da soja melhoraram em Chicago e o câmbio está favorável para a formação de preços em reais.

"Acho extremamente salutar esses números de venda, os negócios estão saindo a patamares de preços que pelo menos os custos de produção estão cobrindo", acrescentou.

Apesar do avanço, o volume vendido continua abaixo do verificado para a safra 07/08 na mesma época do ano passado, quando 67 por cento da produção mato-grossense já havia sido vendida.

O início da comercialização da safra 08/09 foi impactado negativamente por preços na bolsa de Chicago abaixo dos atuais, em meio à crise financeira internacional, no final de 2008. Mas com o avanço da comercialização ao longo de janeiro o Estado já vendeu mais de 6 milhões de t da temporada 08/09.

Lucas do Rio Verde, no Médio-Norte mato-grossense, um dos municípios que primeiro planta soja no Estado, registrou o maior avanço na comercialização, saindo de 36,5% em dezembro para 60% da produção esperada. A colheita em Lucas atingiu 5% da área plantada.

Sapezal, no oeste do Estado, está mais avançado nos trabalhos entre os principais municípios produtores, tendo colhido 10% da área semeada. O município já comercializou antecipadamente 49% da safra esperada. A região oeste lidera a colheita, com 8,4% do total esperado.

"Não dá para falar em prejuízo, o que é muito bom, e voltar a fazer a comercialização em preços salutares é melhor ainda", disse Paludo.

De acordo com ele, o tempo está favorável no Estado de maneira geral para o desenvolvimento da safra. De acordo com a Somar Meteorologia, a região Centro-Oeste deve receber bons volumes de chuva nesta semana, o que pode atrapalhar aqueles agricultores que já iniciaram a colheita.

No Paraná, onde a colheita também já começou, as chuvas previstas são em forma de pancadas, o que não deve prejudicar os trabalhos, disse a Somar.

Na semana passada, o clima esteve mais seco no Paraná, o segundo produtor de soja do Brasil, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Estado. Mas esse período sem chuvas foi precedido por boa umidade, que serviu para estancar as perdas nas lavouras.

Por causa de uma seca em novembro e dezembro, o potencial produtivo da safra paranaense foi afetado, com a previsão para a soja ficando cerca de 2 milhões de t abaixo do que era esperado inicialmente, segundo o Deral.





Fonte: Invertia

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