Dólar fecha a R$ 2,34; Bovespa vira e ascende 1,48%
O dólar comercial foi vendido por R$ 2,341 nas últimas operações desta sexta-feira. O valor representa um avanço de 0,42% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 2,490, estável sobre a taxa anterior.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) virou tendência e já recupera 1,48%, aos 38.457 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 2,52 bilhões, bem abaixo do volume regular para o horário. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,36%.
Os preços da moeda americana variaram entre R$ 2,337 e R$ 2,369. A preocupação com a economia global manteve as cotações pressionadas na maior parte do dia, num dia em que as principais moedas internacionais também perderam valor frente ao dólar. O maior exemplo é a libra esterlina, que atingiu o seu menor valor em relação à moeda dos EUA nos últimos 24 anos.
A desvalorização da libra, segundo analistas, foi resultado direto da notícia de que o PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido sofreu contração de 1,5% no quarto trimestre do ano passado. Trata-se do segundo trimestre em que uma das maiores economias da Europa encolhe, o que tecnicamente caracteriza uma recessão.
Analistas também mencionam pressão advinda do mercado futuro, onde investidores estrangeiros ainda possuem "apostas" (contratos) de cerca de US$ 12 bilhões na deterioração da moeda brasileira. Como ganham com a desvalorização do real, procuram atuar no mercado à vista para influenciar a formação dos preços, gerando a volatilidade vista nos últimos dias.
Juros futuros
O mercado futuro de juros teve um repique, após quase duas semanas em que as taxas projetadas caíram nos contratos de 2009, 2010 e 2011. Hoje, o mercado repercutiu a inflação acima do esperado medida pelo IPCA-15 de janeiro (0,40%, ante expectativas de 0,30%). Esse indicador é uma prévia do índice de preços utilizado no regime de metas de inflação do governo.
No contrato com vencimento em março de 2009, a taxa projetada caiu de 12,85% ao ano para 12,77%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada recuou de 11,21% para 11,15% e no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista passou de 11,27% para 11,22%.
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