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Economia
Quinta - 22 de Janeiro de 2009 às 10:47

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Mato Grosso começa o ano de 2009 liderando o ranking dos estados brasileiros que cobram o maior valor pelo litro da gasolina e do diesel. Segundo o último levantamento mensal, que avaliou os 10 primeiros dias de janeiro, realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina vendida nas bombas de combustível do Estado, de R$ 2,78, é o segundo mais caro do país, atrás apenas do Acre, que revende o produto por um valor médio de R$ 2,93. Já o diesel, que é revendido para os mato-grossenses por um preço médio de R$ 2,36 o litro, coloca o Estado em terceiro lugar no ranking das unidades da federação que possuem os maiores valores de mercado na revenda do combustível.

Apenas dois estados do Norte do país, Acre (R$ 2,47) e Roraima (R$ 2,49), cobram mais caro que Mato Grosso pelo litro do diesel vendido nas bombas dos postos de combustível.

Segundo o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo/MT), Daniel Locateli, o alto custo do frete utilizado para o transporte do diesel e da gasolina e o alto valor da carga tributária estadual incidente nos dois produtos são as principais justificativas para os atuais preços do combustível vendido em Mato Grosso. “Além de nós estarmos mais longe das principais indústrias petrolíferas do país, nós, ao contrário de alguns estados do Norte do país, que utilizam o transporte fluvial, dependemos, quase que exclusivamente do sistema rodoviário para realizarmos o transporte da gasolina e do diesel”, alega Locatelli.

Para o representante dos donos de postos de combustível do Estado, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 25% sobre o preço da gasolina e de 17%, sobre o litro do diesel, também impedem que o preço de mercado dos dois tipos de combustíveis seja reduzido. “O custo operacional de um posto de combustível em Mato Grosso é bem mais alto do que nos demais Estados. A gasolina chega nos postos de Mato Grosso em torno de R$ 2,20, mas com os encargos que têm que ser pagos a Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Secretaria de Segurança e o Alvará de Funcionamento, entre outros, o preço se eleva”, alega o presidente do Sindipetroleo/MT, Fernando Chaparro, por meio da assessoria de imprensa do sindicato.

Para muitos consumidores, o alto custo dos combustíveis derivados do petróleo (diesel e gasolina) tem inviabilizado a compra de veículos movido a diesel. “Hoje não vale a pena investir em uma caminhonete a diesel que custa muito mais cara que uma flex, por exemplo. O preço do diesel hoje é muito inviável para o consumidor”, alega o aposentado Eduardo Augusto.

Já em relação a gasolina, o auxiliar administrativo Rafael Cesar alega que a carga tributária e o alto custo do frete não justificam os valores cobrados pelo litro da gasolina na capital. “Mesmo com todas as despesas que os fornecedores têm com gasolina, o preço final da gasolina é injusto e poderia ser mais baixo”, declara o consumidor.





Fonte: 24 Horas News

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