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Quarta - 21 de Janeiro de 2009 às 12:17
Por: Edilson Almeida

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Vidas e mais vidas já foram ceifadas na Serra de São Vicente. Muitas delas depois que o Governo Federal anunciou, iniciou, parou, retomou, parou outra vez e não se falou mais na duplicação de 8,6 quilômetros no conhecido “trecho da morte”. Agora, de novo – repetindo – de novo, a promessa de que a obra vai ser retomada. O anúncio vem através do deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT), que reforça a importância da obra diante do alto índice de acidentes no local - um dos mais críticos em todo o Brasil devido ao tráfego de caminhões pesados. É esperar para ver.

Fagundes disse que no trecho em questão, que se localiza logo após o núcleo agrícola de São Vicente, sentido Cuiabá, serão construídos 8,6 quilômetros de pavimentação em concreto de 24 cm de espessura. A opção por esse tipo de pavimento visa, segundo ele, garantir durabilidade às pistas de rolamento. Ele explicou que as obras de terraplanagem avançavam em direção a Cuiabá, mas foram paralisadas quando da constatação de que o uso de concreto seria o mais recomendado para um trecho de tráfego pesado de caminhões.

O projeto teve, assim, que ser readequado. Aliás, haja readequações. Em verdade, trata-se de uma das obras mais “encravada” de todos os tempos no Estado. Primeiro foi o problema básico. No meio do trabalho, o órgão descobriu que em um ponto da construção, seria necessário um aterro de 40 metros de altura com mais de 200 metros de extensão, que traria complicações ambientais à região. Optou-se pela construção de um viaduto nesse ponto. Depois, o DNIT alegou que estava previsto um revestimento asfáltico na BR-364, no perímetro da Serra de São Vicente, e o projeto mudou para concreto. Segundo o parlamentar, o Governo Federal deve investir R$ 21,8 milhões na duplicação.

Fagundes confirmou a retomada da obra ao relatar ter recebido a informação de que o DNIT assinou o contrato com a empresa para o início das obras de recuperação das pistas da BR-364 na Serra de São Vicente. Segundo ele, um total de 27 quilômetros de rodovia receberão uma camada de concreto, num investimento de R$ 39,9 milhões. A utilização do concreto deve resolver, definitivamente, o problema dos constantes buracos que costumam aparecer no pavimento asfáltico em conseqüência das chuvas, do tráfego intenso e do peso dos caminhões. O deputado lembra que a recuperação da BR-364 nesse trecho é compromisso assumido pelo diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, e agora vira realidade.

Ele explicou que a aplicação do concreto inclui a alça da pista (à direita de quem vai de Cuiabá a Rondonópolis) construída há cerca de cinco anos e a antiga pista no sentido Rondonópolis-Cuiabá. O Governo Federal estima investir, ao todo, R$ 540 milhões para as obras de duplicação da rodovia 163/364 no Estado. O empreendimento está incluso no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e, de acordo com o projeto executivo da obra, serão duplicados mais de 340 quilômetros.

Ainda no ano passado, o órgão federal contratou a empresa Dynatest para realizar o estudo de viabilidade técnica e econômica das obras de duplicação dos primeiros 200 quilômetros do trecho, que vão de Cuiabá até Rondonópolis. Os outros 154 quilômetros, localizados entre Cuiabá e Posto Gil, estão em fase de licitação para selecionar a empresa especializada que fará os estudos. Os recursos liberados para a duplicação da rodovia BR-163/364, incluem a construção de um viaduto no município de Rondonópolis. A obra também será executada em convênio com o governo do Estado e foi orçada em R$ 4 milhões. O DNIT conclui a fase de desapropriação do trecho para dar início aos serviços.

Segundo o parlamentar, o DNIT também está começando as obras de manutenção em várias rodovias federais, como a BR-070 (entre Cáceres e San Matias, na Bolívia). No total, o órgão deve recuperar 1.320 km de rodovias, num investimento de R$ 146,6 milhões.





Fonte: 24 Horas News

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