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Internacional
Quarta - 21 de Janeiro de 2009 às 08:08

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O Exército israelense deixou completamente o território da faixa de Gaza, encerrando completamente a ocupação militar das ofensivas contra o grupo islâmico Hamas. O governo de Israel divulgou que a retirada foi concluída no amanhecer desta quarta-feira, três dias após a trégua declarada para encerrar o conflito que deixou mais de 1.300 mortos.

Israel enviou centenas de soldados como parte da ofensiva para enfraquecer o grupo palestino iniciada no último dia 27 de dezembro. O objetivo da missão era interromper o lançamento de foguetes do Hamas contra o território israelense.

Mesmo com o cessar-fogo, a Força Aérea israelense bombardeou nesta terça-feira um local na faixa de Gaza usado para o lançamento de oito foguetes contra Israel. Em resposta, militantes do Hamas abriram fogo contra soldados em Gaza em dois incidentes diferentes. Não há informações sobre mortos.

Devido ao episódio, Israel anunciou que grande parte das tropas ficará posicionada na fronteira com Gaza para prevenir que novos ataques aconteçam.

Fortalecido por sobreviver à operação militar israelense, o grupo islâmico Hamas declarou vitória nesta terça-feira em manifestações com milhares de simpatizantes com bandeiras verdes do grupo sobre ruínas da faixa de Gaza.

Apesar do discurso inflamado, o Hamas mostrou poucos planos para a reconstrução de Gaza, que teve um prejuízo de cerca de US$ 2 bilhões com a ofensiva. Além dos danos, as fronteiras de Gaza com Israel e Egito estão fechadas desde que o Hamas tomou o controle do território palestino, há 19 meses, e deve continuar fechada a não ser que o grupo perca ao menos parte do controle sobre Gaza.

Lamento

Apenas a algumas centenas de metros da principal manifestação do Hamas em Gaza, o chefe da ONU, Ban Ki-moon, visitou a sede local da ONU, inspecionando os danos causados por um ataque israelense na semana passada.

Os projéteis atingiram oficinas de carros e três depósitos onde farinha, óleo e outros alimentos para a população de Gaza eram armazenados.

O chefe da ONU disse sentir "absoluta frustração, absoluta raiva", com o ataque à instalação e a duas escolas da ONU e pediu por uma investigação. Israel afirma que suas tropas responderam a ataques de militantes a partir dessas áreas, alegação que a ONU nega. Israel diz estar conduzindo sua própria investigação.

Durante a visita, Ban foi informado de que centenas de toneladas de comida e medicamentos foram destruídos no ataque. "É totalmente revoltante e inaceitável", afirmou.





Fonte: Folha Online

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