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Agronegócios
Quarta - 21 de Janeiro de 2009 às 07:24
Por: Fabiana Reis

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Em 2008, os embarques do produto somaram US$ 5,492 bilhões, elevação de 88,6% sobre resultado obtido pelo Estado em 2007

Depois de duas quedas consecutivas (em 2006 e 2007), as exportações do complexo de soja, carro-chefe das vendas externas de Mato Grosso, registram alta. Em 2008, os embarques do produto somaram US$ 5,492 bilhões, aumento de 88,6% em relação ao volume contabilizado no ano anterior, de US$ 2,911 bilhões. A comercialização da commodity vinha registrando evolução positiva desde 2003, porém em 2006, em decorrência da crise no agronegócio, o volume exportado recuou, e agora retoma o ritmo, com cifras expressivas.

O valor da soja exportada no ano passado, abrangendo produtos como óleo, farelo, grão e lecitina, representou 70,3% de todo o volume contabilizado no Estado, que somou US$ 7,812 bilhões. Já na comparação com o ano anterior, quando as vendas externas contabilizaram US$ 5,130 bilhões, o crescimento verificado foi de 52,2%. Os dados sobre o desempenho da soja e da balança comercial mato-grossense foram divulgados ontem na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

O presidente da entidade, Mauro Mendes, afirma que os números positivos refletem aquecimento da economia, com boas perspectivas para este ano. Ele diz que ainda não há indicadores que apontem para a desaceleração da atividade industrial no Estado. Indagado sobre o anúncio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) de redução na jornada de trabalho e nos salários para evitar demissões, Mendes argumenta que aqui, a produção continua em ritmo normal e otimista.

"A produção de soja não sofrerá impacto significativo este ano e continuará sendo o carro-chefe das exportações. E a atividade econômica do Estado é diferente de outros países onde há especulação e vendas virtuais". O presidente ao considera que o desempenho de Mato Grosso no ranking das unidades da federação (atualmente ocupa a 10ª posição), pode melhorar justamente porque a soja e outros produtos agropecuários são os principais itens da pauta.

Ele cita o exemplo do Pará, que tem como principal produto exportado o minério de ferro, cujo preço está despencando no mercado internacional e com o agravamento da crise, passa a ser uma mercadoria secundária do consumo. "E em Mato Grosso produzimos, soja, milho e carnes, produtos diretamente ligados à alimentação e que não deixam de ser consumidos na crise, podendo haver apenas redução no volume".

O secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, considera ainda que a previsão é que os números estaduais sejam ainda mais positivos este ano, isso porque novas unidades de beneficiamento estão entrando em operação, agregando valor ao que é produzido no Estado.





Fonte: A Gazeta

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